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Países intensificam operações de resgate no Líbano após ofensiva israelense

Reino Unido e Canadá fretaram voos comerciais para permitir que seus cidadãos deixem o país; Brasil prepara envio de aeronave

Países intensificam operações de resgate no Líbano após ofensiva israelense
Conflitos entre Israel e Hezbollah se intensificaram nas últimas semanas | Reprodução
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Os confrontos entre Israel e o grupo Hezbollah aumentaram no Líbano após o exército israelense iniciar uma operação por terra nesta terça-feira (1º). Em meio ao cenário, os países intensificaram os esforços para resgatar seus cidadãos do território libanês, onde a população vem presenciando bombardeios aéreos e, agora, a artilharia terrestre.

Em comunicado, o governo do Reino Unido informou que fretou um voo comercial para resgatar seus cidadãos do Líbano, alertando que “uma evacuação subsequente pode não ser garantida”. O voo partirá na quarta-feira (2), do Aeroporto Internacional Rafic Hariri, em Beirute. O mesmo foi feito pelas autoridades do Canadá e da Alemanha.

A França, por sua vez, está enviando um navio militar para a costa do Líbano para uma possível evacuação. Segundo o ministro das Relações Exteriores, Jean-Noël Barrot, uma unidade de resposta telefônica foi criada para atender os cidadãos. Ao todo, o governo calcula que 23 mil franceses ou franco-libaneses estão estabelecidos no Líbano.

Na segunda-feira (30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) autorizou o resgate de brasileiros no Líbano. A operação está sendo coordenada com a Força Aérea Brasileira (FAB), que, no primeiro voo, deve resgatar até 240 pessoas.

“Vai se dar prioridade às pessoas de idade, às mulheres, aos senhores, às mulheres grávidas, às crianças, aos que estejam doentes, aos que precisarem mais, esse será o critério. Mas vamos, na medida do possível, atender com rapidez a todos os brasileiros que se encontram lá”, disse o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

O que está acontecendo no Líbano?

O Líbano voltou a ser palco dos confrontos entre Israel e o Hezbollah este ano, quase duas décadas após a última guerra. A tensão começou a aumentar em outubro de 2023, quando Israel iniciou a ofensiva na Faixa de Gaza. Para demonstrar apoio ao Hamas, o grupo começou a disparar projéteis contra Israel, que decidiu responder aos ataques.

As hostilidades se intensificaram após a explosão de pagers e walkie-talkies usados pelo Hezbollah – em ação atribuída a Israel. Isso fez o grupo lançar novos ataques contra Israel, que está respondendo com uma onda de bombardeios. Ao todo, já foram registradas mais de mil mortos, incluindo sete líderes do Hezbollah.

A ofensiva terrestre já está provocando novos conflitos. Pouco tempo após o início da operação, os soldados israelenses disseram que detectaram cinco lançamentos de mísseis no norte de Israel, sendo a maioria interceptados. Também houve confrontos na cidade fronteiriça israelense de Metula, onde o Hezbollah abriu fogo com artilharia.

Temor de escalada

O temor é que a escalada dos conflitos provoque uma nova guerra no Oriente Médio, o que poderia resultar em um número catastrófico de mortos. Além do Hezbollah e Hamas, o Irã, apoiador do grupo, disse que não ficaria indiferente em caso de uma guerra total entre Israel e Hezbollah e que ajudaria os militantes a defender o Líbano.

+ Biden diz que conversará com Netanyahu para evitar uma guerra total no Oriente Médio

Na última semana, os Estados Unidos, ao lado de aliados, lançaram um apelo de cessar-fogo de 21 dias entre Israel e o Hezbollah, pedindo uma rodada de negociações para acabar com os conflitos. O apelo, contudo, foi rejeitado por Israel, que disse que continuará os ataques até que o grupo pare de lançar foguetes contra o país.

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