Hezbollah confirma morte de outro comandante após ataque de Israel no Líbano
Em uma semana, bombardeios israelenses mataram pelo menos sete líderes do grupo, incluindo Hassan Nasrallah, chefe da organização extremista há três décadas
SBT News
O Hezbollah confirmou, neste domingo (29), a morte de outra liderança do grupo, o comandante Nabil Kaouk, em um dos diversos ataques de Israel no Líbano. Em uma semana, a ofensiva israelense matou pelo menos sete membros do alto escalão do grupo extremista, incluindo Hassan Nasrallah, chefe da organização há três décadas.
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A confirmação veio horas após as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) comunicarem a morte de Kaouk no sul de Beirute, capital libanesa, em bombardeio nesse sábado (28).
Quem era Nabil Kaouk?
Kaouk trabalhava como chefe suplente do Conselho Central do Hezbollah. Entre 1995 e 2010, período que inclui a guerra entre Israel e grupo extremista em 2006, atuou como comandante militar na região sul do Líbano. Em 2020, Estados Unidos anunciaram sanções contra ele.
Segundo a agência de notícias Associated Press (AP), Kaouk aparecia com frequência na mídia libanesa, comentando assuntos de política e segurança e fazendo homenagens em funerais de colegas do Hezbollah.
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Temor de uma "guerra total"
Essa troca de ataques entre Israel e Hezbollah começou logo após os atentados do Hamas, em 7 de outubro 2023, que iniciaram a guerra entre país e grupo extremista palestino na Faixa de Gaza. Hezbollah é aliado do Hamas.
Aumentando temor de uma "guerra total" no Oriente Médio, hostilidades se intensificaram após explosões de pagers e walkie-talkies usados por combatentes do Hezbollah no Líbano em ação atribuída a Israel, deixando dezenas de mortos e centenas de feridos.
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Em 20 de setembro, o conflito se agravou de vez, com disparos de foguetes e mísseis do Hezbollah, a maioria deles interceptados por Israel, e uma onda diária de bombardeios israelenses mirando lideranças do grupo extremista em Beirute.
Enquanto Israel não relatou mortes, o governo do Líbano estima pelo menos 1.030 vítimas, incluindo 156 mulheres e 87 crianças, segundo autoridades de saúde do país. Dois adolescentes brasileiros morreram nos bombardeios. O governo libanês ainda calcula que 250 mil pessoas buscaram refúgio em abrigos.
Hezbollah já afirmou que só irá parar de atacar Israel após cessar-fogo em Gaza. Até o momento, negociações envolvendo Hamas e Israel e lideradas por Estados Unidos, Catar e Egito têm falhado.
*Com informações da Associated Press