ONU realiza reunião para tentar frear guerra entre Israel e Irã
Bombardeios, ameaças nucleares e impasse diplomático marcam a primeira semana da guerra; Líderes europeus tentam conter escalada militar e risco nuclear
Sérgio Utsch
do SBT Brasil
Em meio à escalada de violência no Oriente Médio, o Conselho de Segurança das Nações Unidas se reuniu nesta sexta-feira (20) com o objetivo de promover uma solução pacífica para o confronto entre Israel e Irã, que já dura uma semana e resultou em diversas vítimas.
O embate se intensificou com ofensivas de ambos os lados, incluindo ataques israelenses a alvos iranianos e lançamentos de mísseis por Teerã, alguns dos quais não foram interceptados. Um grupo de 1.500 cidadãos israelenses foi retirado da ilha de Chipre sob escolta militar, enquanto imagens de destruição em Haifa foram divulgadas oficialmente por autoridades israelenses.
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As tensões geopolíticas foram agravadas por bombardeios a estruturas nucleares no Irã, o que levou o diretor da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Grossi, a alertar para os riscos de uma tragédia ambiental com possíveis vazamentos radioativos que poderiam ultrapassar as fronteiras do país.
Durante a reunião da ONU, o secretário-geral António Guterres reforçou seu apelo por um cessar-fogo imediato, pedindo que as partes envolvidas priorizem o diálogo em vez da retaliação.
Em paralelo às tratativas em Nova York, líderes europeus se mobilizaram em Genebra para tentar mediar um acordo. O chanceler iraniano declarou disposição para conversar, desde que Israel suspenda seus ataques e que os Estados Unidos permaneçam fora da negociação.
Tel Aviv, por sua vez, demonstra ceticismo diante das intenções do regime iraniano, especialmente diante de declarações hostis. Especialistas alertam que a falta de recursos militares ilimitados e o agravamento da crise humanitária tornam urgente uma saída negociada para evitar consequências ainda mais graves.
