"Nunca fomos tão fortes como hoje, o regime nunca foi tão fraco", diz líder da oposição em protesto na Venezuela
O candidato presidencial da oposição, Edmundo González Urrutia, não compareceu ao ato, nesse sábado (3)
María Corina Machado, líder da oposição na Venezuela, prometeu "não sair das ruas" em discurso para milhares de pessoas que se reuniram nesse sábado em Caracas, na capital do país. Manifestações ocorrem em protesto contra o governo e resultados anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) que declararam o presidente Nicolás Maduro vencedor do pleito presidencial do último domingo (28).
"Já vencemos a etapa eleitoral, agora vem uma nova etapa. Mas nunca fomos tão fortes como hoje, o regime nunca foi tão fraco como hoje", disse María Corina. "Todos sabíamos o que estávamos enfrentando. Eles são capazes de tudo, mas não podem contra a nossa organização", completou.
A líder da oposição declarou ainda que o atual presidente não esperava a reação da população. Corina defende que não quer o país dividido. "Eu quero que todos estejam juntos, alguns já estão se somando ao movimento. [...] Vamos fazer isso juntos como nação", afirmou.
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O protesto foi convocado por Corina nas redes sociais. Ela chegou ao local marcado para as manifestações em um caminhão. O candidato apontado pela oposição como vencedor da eleição, Edmundo González Urrutia, não compareceu ao evento. Tanto Corina quanto González estão sendo ameaçados de prisão.
A líder da oposição afirmou que já sabia que o reconhecimento de uma vitória seria difícil e alegou que os dados que apontam a derrota de Maduro são "oficiais e originais". "O regime nunca esteve tão frágil como hoje, nós temos a legitimidade e o mundo está vendo isso", declarou Corina.
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Protestos
Além de Caracas, manifestações ocorreram em cidades como Valência, Maracaibo e San Cristóbal. Venezuelanos que vivem na Colômbia também se reuniram em uma praça em Bogotá para mostrar apoio ao candidato a Edmundo González.
Segundo os resultados anunciados pelo CNE, órgão oficial tem que aliado de Maduro como chefe, o chavista teve votos suficientes para ser reeleito. Mas a oposição alegou ter cópias de mais de 80% das atas eleitorais, que ainda não foram apresentadas pelo CNE, afirmando que González obteve quase 70% dos votos.
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Os documentos da oposição foram publicados na internet de forma independente, e alguns países como os Estados Unidos reconheceram a vitória de González.