Novo premiê britânico confirma fim de deportação de imigrantes para Ruanda
Projeto polêmico era de autoria do partido Conservador e foi classificado como "gambiarra" por Keir Starmer
Em sua primeira coletiva de imprensa como primeiro-ministro britânico, o líder trabalhista Keir Starmer declarou o plano de deportação de imigrantes ilegais requerentes de asilo para Ruanda como "morto e enterrado".
Polêmica, a medida era uma das principais políticas do ex-premiê Rishi Sunak e dos Conservadores para conter a imigração para o país, e foi anunciada há dois anos, durante o governo de Boris Johnson. O plano tinha o objetivo de enviar imigrantes que chegam ilegalmente no Reino Unido para Ruanda, de onde os pedidos de asilo seriam processados.
Para isso, Ruanda receberia do governo britânico 370 milhões de libras esterlinas (cerca de R$ 2,3 bilhões) em um período de cinco anos.
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O projeto chegou a ser votado e aprovado pelo parlamento, mas não foi colocado em prática por Sunak, que aguardava o resultado das eleições gerais. Questionado se continuaria com as deportações, Starmer chamou a medida de gambiarra.
"O esquema de Ruanda estava morto e enterrado antes de começar. Nunca foi um impedimento (para a chegada de novos imigrantes)", afirmou. "Olhe para os números que chegaram nos primeiros seis meses deste ano, são números recordes, esse é o problema que estamos herdando"
"(A medida) Teve o efeito completamente oposto e eu não estou preparado para continuar com gambiarra que não age como um impedimento.", completou.