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Nova York processa Facebook, Google, TikTok e Snapchat por suposto vício em crianças

Cidade norte-americana acusa plataformas de viciar crianças e adolescentes e contribuir para aumento de riscos à saúde e segurança pública

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A cidade de Nova York (EUA) apresentou, nesta quarta-feira (8), uma ação judicial de 327 páginas acusando Facebook, Google, Snapchat, TikTok e outras plataformas online de alimentar uma crise de saúde mental entre crianças e adolescentes, além de incentivar o uso compulsivo das redes sociais.

O processo, protocolado no Tribunal Federal de Manhattan, busca indenizações milionárias das empresas: Meta Platforms, dona do Facebook e Instagram; Alphabet, controladora do Google e YouTube; Snap, dona do Snapchat; e ByteDance, responsável pelo TikTok. A denúncia aponta negligência grave e danos à ordem pública.

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A cidade de Nova York se uniu a outros governos, distritos escolares e indivíduos que moveram cerca de 2.050 ações judiciais semelhantes no tribunal federal de Oakland, Califórnia.

Com 8,48 milhões de habitantes, incluindo aproximadamente 1,8 milhão de menores de 18 anos, Nova York é um dos maiores demandantes. O sistema escolar e de saúde da cidade também figura entre os autores da ação.

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Um porta-voz do Google, José Castaneda, afirmou que as alegações sobre o YouTube “simplesmente não são verdadeiras”, destacando que o serviço é uma plataforma de streaming, e não uma rede social de interação entre amigos. Os outros réus não se manifestaram até o momento.

Segundo um porta-voz do departamento jurídico da cidade, Nova York desistiu de um litígio estadual pendente na Califórnia desde fevereiro de 2024 para se juntar ao processo federal.

Impactos na saúde dos jovens

A denúncia detalha que as plataformas foram projetadas para explorar a psicologia e a neurofisiologia dos jovens, incentivando o uso compulsivo das redes sociais em busca de lucro.

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Dados citados na ação mostram que 77,3% dos estudantes do ensino médio da cidade, incluindo 82,1% das meninas, relatam passar três ou mais horas por dia em frente a telas, como smartphones, computadores e TV, contribuindo para falta de sono e absenteísmo escolar crônico.

O comissário de saúde de Nova York declarou, em janeiro de 2024, que as mídias sociais representam um risco à saúde pública. A cidade precisou aumentar gastos para enfrentar a crise de saúde mental juvenil, incluindo investimentos nas escolas e serviços de saúde.

Redes sociais e "subway surfing"

Além dos impactos na saúde mental, a cidade responsabiliza as redes sociais pelo aumento do fenômeno conhecido como "subway surfing" — prática de andar sobre ou nas laterais de trens em movimento.

Desde 2023, 16 jovens morreram tentando essa atividade, incluindo duas meninas de 12 e 13 anos neste mês, segundo dados da polícia.

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