Publicidade
Economia

Endividamento cresce e bate recorde no Brasil em setembro

Levantamento mostra que 30,5% das famílias estão com contas atrasadas e 13% admitem que não vão conseguir pagar o que devem

• Atualizado em
Publicidade

Os brasileiros ficaram mais endividados em setembro. De acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 30,5% das famílias estão com contas atrasadas e 13% admitem que não vão conseguir pagar o que devem.

Segundo a CNC, 79,2% das famílias brasileiras têm contas a vencer - o maior índice desde o início da série histórica, em 2010.

+ Auxílio Emergencial: como saber se preciso devolver valores recebidos

O economista-chefe da CNC, Fábio Bentes, explica que o cenário é resultado da combinação entre juros altos e orçamento comprometido.

"Isso não ocorria desde a recessão de 2015 e 2016, a pior da história econômica recente do Brasil. Apesar de o mercado de trabalho e a renda estarem crescendo, a taxa de juros está em um patamar tão elevado que nem mesmo esse momento positivo dá conta de acomodar as prestações e os financiamentos cada vez mais pesados sobre o orçamento brasileiro", afirma.

Os números mostram que o endividamento não escolhe gênero nem renda. Enquanto os homens são os mais endividados, as mulheres são as que mais atrasam as contas. E o problema não está restrito às famílias de baixa renda - os mais ricos também estão devendo mais.

+ Custo da cesta básica cai em 22 capitais do país em setembro, aponta DIEESE

O levantamento da CNC indica que quase metade das famílias endividadas têm contas atrasadas há mais de 90 dias.

Segundo os economistas, a expectativa para os próximos meses não é animadora.

"Por conta dos juros muito elevados para combater a inflação, a perspectiva de melhora, de afrouxamento da política monetária, só deve ocorrer no final do primeiro semestre do ano que vem", diz Bentes.

Publicidade

Assuntos relacionados

Economia
Dívida
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade