Lula afirma que derrubada da MP alternativa ao aumento do IOF é “derrota imposta ao povo brasileiro”
Presidente critica decisão da Câmara e diz que medida corrigia distorções tributárias e protegia políticas sociais; texto perde a validade à meia-noite

Jessica Cardoso
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (8) que a derrubada da medida provisória (MP) alternativa ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) na Câmara representa uma “derrota ao povo brasileiro” e não a seu governo.
“O que está por trás dessa decisão é a aposta de que o país vai arrecadar menos para limitar as políticas públicas e os programas sociais que beneficiam milhões de brasileiros. É jogar contra o Brasil”, disse o presidente em publicação no X.
Lula também criticou a rejeição dos deputados, afirmando que a proposta buscava corrigir distorções e garantir que os mais ricos pagassem sua parte justa. Segundo ele, impedir a aprovação da MP significa prejudicar o equilíbrio fiscal e políticas públicas que beneficiam milhões de brasileiros.
Editada em junho, a medida tratava da tributação de aplicações financeiras e ativos virtuais e precisava ser analisada pelo Congresso Nacional até as 23h59 desta quarta-feira (8) para continuar válida.
Lula chegou a exonerar temporariamente três ministros de seu governo, que são deputados licenciados, para garantir votos favoráveis à medida. No entanto, a MP foi retirada da pauta do plenário por 251 votos a 193.
Mais cedo nesta quarta-feira (8), antes da votação na Câmara, o presidente também declarou não ter um plano B caso a proposta fosse rejeitada.
“Quando você manda uma medida provisória para o Congresso, o desejo é que ela seja aprovada. Se ela não for aprovada, vamos ver o que nós vamos fazer”, disse antes do resultado.