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Polícia dos EUA prende suspeito de iniciar incêndio que devastou Los Angeles em janeiro

Entre as provas coletadas contra Jonathan Rinderknecht, de 29 anos, estão imagens geradas por ele no ChatGPT retratando uma cidade em chamas

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Imagens do suspeito de iniciar incêndio que devastou Los Angeles em janeiro
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A polícia dos Estados Unidos prendeu nesta quarta-feira (8) o suspeito de ter iniciado o incêndio de Palisades, que destruiu cerca de 6,8 mil construções, obrigou a retirada de mais de 100 mil pessoas e deixou 12 mortos em Los Angeles, no início deste ano.

Jonathan Rinderknecht, de 29 anos, foi detido perto de sua residência na Flórida, sob acusação federal de destruição de propriedade por meio de fogo. O anúncio foi feito pelo procurador interino dos EUA para o Distrito Central da Califórnia, Bill Essayli.

“Rinderknecht iniciou um incêndio em Pacific Palisades no dia de Ano Novo — um incêndio que acabou se transformando em um dos mais destrutivos da história de Los Angeles, causando mortes e destruição generalizada”, afirmou Essayli em coletiva de imprensa.

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O procurador destacou ainda que, entre as evidências encontradas nos dispositivos digitais do acusado, estava uma imagem gerada no ChatGPT retratando uma cidade em chamas.

De acordo com os investigadores, o fogo foi iniciado intencionalmente pouco depois da meia-noite do dia 1º de janeiro. O incêndio, batizado de Lockman Fire, chegou a ser controlado pelos bombeiros, mas continuou queimando sob o solo por quase uma semana. Em 7 de janeiro, ressurgiu com força devido aos ventos intensos, transformando-se no chamado Incêndio de Palisades.

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Segundo Essayli, as autoridades iniciaram as investigações e, em 24 de janeiro, já haviam identificado e interrogado o suspeito. Em depoimento, Rinderknecht mentiu sobre onde estava quando viu o incêndio pela primeira vez, dizendo que se encontrava na parte inferior de uma trilha de caminhada.

“No entanto, dados de geolocalização da ligação para o 911 mostraram que ele estava, na verdade, acima do ponto do incêndio, em uma clareira a apenas nove metros das chamas, que cresciam rapidamente”, afirmou o procurador.

“Estamos apresentando as informações que constam na denúncia. As provas incluem fatos-chave, como o de que ele era a única pessoa naquele local no momento em que o fogo começou. Não há qualquer indicação de que outra pessoa estivesse lá. Ele era o único presente”, completou Essayli.

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Rinderknecht enfrenta uma pena mínima obrigatória de cinco anos de prisão federal se condenado, podendo chegar a até 20 anos. Sua primeira audiência estava marcada para esta tarde em um tribunal federal em Orlando, na Flórida.

“Embora não possamos desfazer os danos e a destruição causados, esperamos que sua prisão e as acusações contra ele tragam alguma medida de justiça às vítimas desta tragédia horrível”, concluiu Bill Essayli.

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