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Macron deve nomear novo primeiro-ministro da França até a próxima sexta-feira (10)

Presidente tenta conter a pior crise política em décadas após a renúncia de Sébastien Lecornu, o premiê de mandato mais curto da história do país

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Emmanuel Macron, presidente da França | Reprodução/X/Emmanuel Macron
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O presidente da França, Emmanuel Macron, deve nomear um novo primeiro-ministro nas próximas 48 horas, informou nesta quarta-feira (8) o Palácio do Eliseu (gabinete presidencial). A decisão ocorre após Sébastien Lecornu, quinto premiê francês em dois anos, renunciar ao cargo na segunda-feira (6).

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A pedido de Macron, Lecornu realizou novas consultas com líderes políticos de centro-esquerda e centro-direita na tentativa de encontrar um caminho de estabilidade.

Segundo o Palácio do Eliseu, as conversas indicaram que há “uma plataforma para estabilidade” e “possibilidade de aprovar um Orçamento até 31 de dezembro”.

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A França enfrenta um cenário de profunda instabilidade, sem que nenhum partido detenha maioria no Parlamento. A oposição, e até parte dos aliados de Macron, já havia ameaçado votar pela saída de Lecornu, aumentando a pressão sobre o governo.

Durante dois dias, o ex-premiê buscou acordos com lideranças políticas, mas não conseguiu uma solução definitiva. Ainda assim, afirmou ver “um caminho possível” para a nomeação de um novo premiê e para a adoção de um Orçamento para 2026, que traria alguma estabilidade à segunda maior economia da zona do euro.

Os partidos de centro-esquerda defendem comandar o próximo governo. Entre as propostas, estão um imposto sobre fortunas de 2% para os 0,01% mais ricos e a revogação da reforma previdenciária, medidas populares entre os eleitores, mas impopulares entre os conservadores.

Renúncia

Lecornu renunciou ao cargo nesta segunda-feira (6). O anúncio foi feito um dia após o político, nomeado em 9 de setembro, escolher seu novo gabinete. A renúncia foi inesperada e sem precedentes e marcou outro grande aprofundamento da crise política da França.

Lecornu nomeou seus ministros no domingo (5), e o gabinete deveria realizar sua primeira reunião na segunda. A nova formação, no entanto, irritou oponentes e aliados, que a consideraram muito direitista ou insuficiente e ameaçaram derrubar o governo do premiê.

Em meio ao cenário, Lecornu decidiu desistir da função.

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