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Brasileiros detidos por Israel em flotilha embarcam em voo para o Brasil

Ativistas tentavam levar ajuda humanitária para Gaza quando foram interceptados pela Marinha israelense

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Os 13 brasileiros que integravam a flotilha Global Sumud | Foto: Divulgação/Global Sumud
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Os 13 brasileiros que integravam a flotilha Global Sumud, na tentativa de levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza, embarcaram em voo para o Brasil nesta quarta-feira (8), informou o Ministério das Relações Exteriores. Eles partiram de Amã, na Jordânia, com direção a Doha, e de lá seguirão para o Brasil. O voo decolou às 20h25 (horário local; 14h25 em Brasília).

Segundo nota publicada pelo Itamaraty, o ministério, "por meio de sua rede de postos na região, em especial a Embaixada do Brasil em Tel Aviv, atuou de forma contínua para buscar garantir a segurança e o respeito aos cidadãos brasileiros." A Marinha israelense interceptou o barco em que eles estavam em 1º de outubro e os levaram, detidos, a uma prisão israelense.

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Ainda de acordo com a nota, as gestões diplomáticas empreendidas permitiram a liberação dos brasileiros e sua condução à Jordânia, onde foram recebidos e acompanhados pela Embaixada do Brasil em Amã, desde a fronteira até a capital. O governo agradeceu o Reino Hachemita — a Jordânia é um país monárquico — e apelou novamente a Israel para "permitir o acesso imediato e sem restrições de ajuda humanitária à Faixa de Gaza".

O primeiro ativista da delegação brasileira da flotilha humanitária chegou ao Brasil na noite de segunda-feira (6). Nicolas Calabrese tem cidadania argentina e italiana, mas vive no Brasil há mais de 10 anos. Ele desembarcou no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, e foi recebido por ativistas, com cartazes de apoio à Palestina.

Ao SBT, contou que foi torturado pelas autoridades israelenses, que teriam vendado seus olhos e amarrado suas mãos com um lacre, além de tê-lo empurrado, chutado e arrancado seus pertences.

Outros ativistas que estavam na delegação brasileira da flotilha humanitária, como o internacionalista e socioambientalista Thiago Ávila e a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) também denunciaram maus-tratos por parte de autoridades israelenses. Em greve de fome e sede, Thiago relatou negligência médica. Já Luizianne citou "condições degradantes, uso de violência psicológica e falta de tratamento médico adequado", além de audiências judiciais que teriam sido realizadas sem a presença de advogados.

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