Mortes em ataque de Israel ao Líbano sobem para 46; tensão na região aumenta
Hezbollah lançou mais de 100 foguetes na manhã deste domingo (22) em área do norte israelense
O número de mortos após um ataque aéreo de Israel em uma comunidade de Beirute, capital do Líbano, subiu para 46, incluindo três crianças e sete mulheres. Dez pessoas seguem desaparecidas. As informações foram divulgadas pelo Ministério da Saúde do Líbano neste domingo (22).
A ação das tropas israelenses, na sexta-feira (20), é considerada a ofensiva mais mortal desde 2006, na guerra entre o país e o Hezbollah – organização política e paramilitar libanesa. Entre os mortos, está Ibrahim Aquil, o segundo no comando militar do grupo extremista libanês.
A tensão na região tem aumentado dia após dia. Na manhã deste domingo, o Hezbollah lançou mais de 100 foguetes em uma área do norte israelense, com alguns caindo perto da cidade de Haifa. O Exército de Israel disse que foguetes foram disparados "em direção a áreas civis".
A resposta do grupo extremista acontece após o ataque aéreo em Beirute e a ação do serviço secreto israelense que explodiu centenas de pagers e walkie-talkies.
A coordenadora especial das Nações Unidas para o Líbano, Jeanine Hennis-Plasschaert, pediu calma no Oriente Médio, enquanto Israel e o Hezbollah continuam a se atacar.
"Com a região à beira de uma catástrofe iminente, não há como exagerar: Não há solução militar que torne qualquer um dos lados mais seguro", escreveu Jeanine.
Começo dos conflitos
O Hezbollah e Israel trocam tiros desde 8 de outubro de 2023, um dia após o Hamas atacar o sul israelense e sequestrar 253 pessoas. Hamas e Hezbollah são aliados históricos e têm apoio do Irã.
Desde o início da guerra, mais de 41 mil palestinos morreram por ataques israelenses na Faixa de Gaza, segundo as autoridades de saúde. Israel diz que matou mais de 17 mil militantes do Hamas, sem fornecer evidências quanto aos números.
Os bombardeios de Israel já causaram grande destruição e deslocaram cerca de 90% da população de Gaza – de 2,3 milhões de habitantes – desde o início do conflito com o grupo terrorista.