Ministro de Guerra de Israel renuncia, faz criticas a Netanyahu e pede eleição
Um dia após resgate de reféns na Faixa de Gaza, com morte de três pessoas na ação, Benny Gantz deixa Gabinete de Guerra
O ministro de Guerra do governo de emergência de Israel, Benny Gantz, renunciou ao cargo neste domingo (9). Ao sair, cobrou publicamente eleições no país e criticou o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
A saída de Gantz, um dia após o resgate de quatro reféns, na Faixa de Gaza, em operação das Forças de Defesa de Israel (FDI), que deixou três mortos, agrava a crise no país - em guerra com palestinos do grupo terrorista Hamas, desde 7 de outubro de 2023.
"Netanyahu está nos impedindo de avançar rumo a uma verdadeira vitória. É por isso que estamos deixando o governo de emergência hoje, com o coração pesado, mas com plena confiança", declarou Gantz, em pronunciamento à imprensa transmitido na TV.
O agora ex-ministro ocupava uma das três cadeiras do Gabinete de Guerra, composto ainda por Netanyahu e pelo ministro da Defesa, Yoav Gallat.
Gantz, ex-comandante das Forças Armadas de Israel, criticou a contaminação politica das decisões estratégicas de Netanyahu.
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Netanyahu tem sido pressionado internacionalmente e por grupos, como o de Gantz, para busca de um acordo que priorize a liberdade de reféns.