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Meta planeja demitir 3,6 mil funcionários, diz agência

Demissões fazem parte de plano de reestruturação da empresa, que vai substituir os trabalhadores com base no desempenho

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Meta | Reprodução
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A Meta, que controla as redes sociais Facebook, Instagram, WhatsApp e Threads, planeja reduzir 5% do total de funcionários em 2025 e deve demitir 3,600 pessoas. A informação é da agência de notícias Bloomberg.

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Segundo a publicação, a empresa de mídia social vai demitir com base no desempenho e deve contratar novos trabalhadores para os cargos. O anúncio teria sido feito pelo CEO da Meta, Mark Zuckerberg, em uma nota interna aos funcionários.

Na carta, Zuckerberg afirmou que deseja "elevar o padrão de gestão de desempenho e afastar colaboradores de baixo desempenho mais rapidamente", disse a Bloomberg News.

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A Meta emprega cerca de 72.000 pessoas, de acordo com registros recentes. Questionada pela agência, a companhia se recusou a comentar, mas afirmou que as informações são precisas.

Nos Estados Unidos, os trabalhadores afetados serão notificados em 10 de fevereiro, enquanto os de outros países serão informados posteriormente, completou a publicação.

Mudanças na Meta

O CEO da Meta gerou polêmica ao anunciar recentemente mudanças na política de moderação de conteúdo de suas empresas e o fim do seu programa de verificação de fatos.

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A mudança — anunciada por Zuckerberg, em uma publicação no Instagram — ocorrerá inicialmente nos Estados Unidos e poderá ser expandida posteriormente para outros países.

"⁠É hora de voltar às nossas raízes em torno da liberdade de expressão. Estamos substituindo os verificadores de fatos por Notas da Comunidade, simplificando nossas políticas e focando em reduzir erros. Ansioso pelo próximo capítulo", escreveu Zuckerberg.

O comunicado provocou reações de autoridades europeias e aqui no Brasil. O governo brasileiro, por meio da Advocacia Geral da União (AGU), demandou que a empresa esclarecesse como garantirá o combate aos crimes de homofobia e racismo nas plataformas digitais.

Em manifestação enviada à AGU na noite de segunda (13), a Meta afirmou que, por ora, encerrará o Programa de Verificação de Fatos independente apenas nos Estados Unidos. Segundo a big tech, o programa permanecerá ativo no Brasil neste momento.

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No entanto, a empresa Zuckerberg disse que as mudanças relativas à Política de Conduta de Ódio foram implementadas no Brasil com o "objetivo de garantir maior espaço para a liberdade de expressão [...] e permitir um debate mais amplo e conversa sobre temas que são parte de discussões em voga na sociedade".

Sobre fake news, a Meta afirmou que espera que a abordagem contra a desinformação "seja aprimorada com o empoderamento de nossos usuários, que decidirão quando postagens são potencialmente enganosas e precisam de contexto".

A empresa defendeu que as mudanças anunciadas buscam "o equilíbrio ideal entre a liberdade de expressão e a segurança".

Em reação, a AGU declarou que a resposta da Meta causa grave preocupação no governo federal, "especialmente a confirmação da alteração e adoção, no Brasil, da Política de Conduta de Ódio que, à toda evidência, pode representar terreno fértil para violação da legislação e de preceitos constitucionais que protegem direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros".

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