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Maduro faz apelo contra ações militares dos EUA: "Parem a guerra"

Presidente venezuelano criticou operações americanas na região e alertou para riscos de conflito no Caribe

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Maduro: Parem a guerra. Não à guerra.” | Reprodução
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez um apelo contra ações militares dos Estados Unidos durante o encerramento do Encontro Internacional de Juristas em Defesa do Direito Internacional, realizado nesta sexta-feira (14), em Caracas.

Ele pediu que o povo americano “pare a guerra” e criticou bombardeios e operações militares na América do Sul e no Caribe.

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“Parem com a mão insana daqueles que ordenam bombardeios, assassinatos e a guerra na América do Sul e no Caribe. Parem a guerra. Não à guerra.”

O presidente venezuelano reforçou que a situação internacional exige atenção, destacando o que chamou de “ameaças que pairam sobre o Mar do Caribe” em razão das operações militares dos EUA na região.

O encontro teve duração de dois dias e reuniu juristas, especialistas e acadêmicos internacionais para discutir riscos à paz, à soberania e à estabilidade na América Latina.

Maduro aproveitou o encerramento para reforçar críticas à presença militar dos EUA no hemisfério.

Operação Lança Sul

As declarações de Maduro ocorreram no mesmo dia em que Washington anunciou a "Operação Lança do Sul", destinada, segundo o governo americano a combater “narcoterroristas” no Hemisfério Ocidental.

O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, afirmou na quinta-feira (13) que a ofensiva envolve o comando de combate das forças armadas dos EUA Comando Sul (Southcom) que abrange 31 países que estão na América do Sul e Central e do Caribe.

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A 'Operação Lança Sul' representa mais um movimento do governo Trump para reforçar sua presença militar e diplomática na América Latina.

Na última terça-feira (11), o porta-aviões USS Gerald R. Ford dos Estados Unidos, considerado o maior e mais moderno do mundo, chegou ao território dos EUA na América do Sul.

Foco na Venezuela e tensões regionais

Fontes militares ouvidas pela agência Reuters apontam que as obras indicam movimentação voltada à Venezuela. O presidente Nicolás Maduro afirma que Washington tenta desestabilizá-lo.

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Desde setembro, as forças norte-americanas realizaram 14 ataques contra navios suspeitos de narcotráfico no Caribe e no Pacífico, resultando em 61 mortes, ações que aumentaram as tensões com Venezuela e Colômbia, que veem o avanço militar americano como ameaça à soberania regional.

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