EUA anunciam 'Operação Lança Sul' para atacar 'narcoterroristas' na América Latina
Ação militar foi anunciada pelo secretário de Defesa dos EUA e envolve países que estão na América do Sul e Central e do Caribe

SBT News
com informações da Reuters
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, anunciou nesta quinta-feira (13) o início da "Operação Lança Sul", uma ação militar que, segundo ele, terá como alvo “narcoterroristas” na América Latina.
A ofensiva envolve o comando de combate das forças armadas dos EUA Comando Sul (Southcom) que abrange 31 países que estão na América do Sul e Central e do Caribe.
De acordo com Hegseth, a operação foi criada para combater organizações criminosas responsáveis pelo tráfico de drogas que, segundo o governo americano, ameaçam a segurança nacional dos Estados Unidos.
Em publicação no X, ele afirmou que ação foi ordenada pelo presidente Donald Trump.
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Segundo ele, o objetivo da operação é “defender a pátria, remover narcoterroristas do hemisfério e proteger o país das drogas que estão matando nosso povo”.
"O presidente Trump ordenou a ação e o Departamento de Guerra está cumprindo a ordem. Hoje, anuncio a Operação Lança do Sul. Liderada pela Força-Tarefa Conjunta Lança do Sul e pelo @SOUTHCOM, esta missão defende nossa pátria, remove narcoterroristas do nosso hemisfério e protege nossa pátria das drogas que estão matando nosso povo", disse Hegseth em uma publicação no X.
A 'Operação Lança Sul' representa mais um movimento do governo Trump para reforçar sua presença militar e diplomática na América Latina.
Na última terça-feira (11), o porta-aviões USS Gerald R. Ford dos Estados Unidos, considerado o maior e mais moderno do mundo, chegou ao território dos EUA na América do Sul.
"A presença reforçada das forças dos EUA na área de responsabilidade do USSOUTHCOM aumentará a capacidade dos EUA de detectar, monitorar e interromper atores e atividades ilícitas que comprometem a segurança e a prosperidade do território norte-americano e nossa segurança no Hemisfério Ocidental", publicou o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, no X.
Foco na Venezuela e tensões regionais
Fontes militares ouvidas pela agência Reuters apontam que as obras indicam movimentação voltada à Venezuela. O presidente Nicolás Maduro afirma que Washington tenta desestabilizá-lo.
Segundo analistas, o envio do Gerald Ford representa o maior movimento militar dos EUA na região desde 1994, quando o país enviou dois porta-aviões e 20 mil soldados ao Haiti, durante a Operação Defender a Democracia.
Desde setembro, as forças norte-americanas realizaram 14 ataques contra navios suspeitos de narcotráfico no Caribe e no Pacífico, resultando em 61 mortes, ações que aumentaram as tensões com Venezuela e Colômbia, que veem o avanço militar americano como ameaça à soberania regional.









