Lula alerta riscos da IA e diz que a tecnologia deve ser “ferramenta de paz”
Presidente também reforçou apelo por mudança na governança internacional e pediu maior participação de países africanos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (14) que a Inteligência Artificial (IA) pode “acentuar” oportunidades, mas também representa “riscos e assimetrias”. O brasileiro discursou na cúpula do G7, em Puglia, na Itália. Lula disse ainda que a IA deve ser segura, respeitar a integridade humana e ser uma ferramenta para a paz.
“ A inteligência artificial (IA) acentua esse cenário de oportunidades, riscos e assimetrias. Seus benefícios devem ser compartilhados por todos. Interessa-nos uma IA segura, transparente e emancipadora. Que respeite os direitos humanos, proteja dados pessoais e promova a integridade da informação. Que potencialize as capacidades dos Estados de adotarem políticas públicas para o meio ambiente e que contribua para a transição energética”, disse.
“Uma IA que também tenha a cara do Sul Global, que fortaleça a diversidade cultural e linguística e que desenvolva a economia digital de nossos países. E, sobretudo, uma IA como ferramenta para a paz, não para a guerra”, concluiu o presidente da República.
Lula também falou sobre a governança global, uma das pautas prioritárias do Brasil durante a presidência do G20, que se reunirá em novembro no Rio de Janeiro.
Segundo o chefe do poder Executivo, é necessário que “todos os Estados tenham assento” no debate sobre a Inteligência Artificial. E ressaltou que os países africanos são “parceiros indispensáveis no enfrentamento desses e de outros desafios”.