Líderes mundiais condenam Rússia por ataque que matou mais de 30 pessoas na Ucrânia
Bombardeio atingiu o centrou da cidade de Sumy, onde centenas de fiéis se reuniam para celebrar o Domingo de Ramos

Camila Stucaluc
Líderes mundiais condenaram o ataque russo na cidade de Sumy, na Ucrânia, que deixou 34 mortos e mais de 100 feridos no domingo (13). O bombardeio atingiu o centro do município, onde centenas de pessoas se reuniam para celebrar o Domingo de Ramos. Além de atingir os fiéis, os mísseis danificaram cerca de 20 edifícios, incluindo casas, cafés, lojas e uma universidade.
O ataque aconteceu no momento em que o enviado especial dos Estados Unidos à Ucrânia, Keith Kellogg, tenta mediar as negociações de cessar-fogo entre Kiev e Moscou. Questionado sobre o bombardeio, o presidente Donald Trump disse que a Rússia “cometeu um erro”.
O mesmo foi dito pelo presidente francês, Emmanuel Macron, que acusou a Rússia de "flagrante desrespeito às vidas humanas, ao direito internacional e aos esforços diplomáticos de Trump". O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, também condenaram o ataque e pressionaram o líder russo, Vladimir Putin, a concordar com um cessar-fogo.
Descrevendo o ataque como "bárbaro", a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ressaltou que a “Rússia foi e continua sendo o agressor”. "Medidas fortes são urgentemente necessárias para impor um cessar-fogo. A Europa continuará a estender a mão aos parceiros e a manter uma forte pressão sobre a Rússia até que o derramamento de sangue termine”, afirmou.
Pelas redes sociais, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, disse estar “profundamente alarmado e chocado" com o bombardeio russo em Sumy. Ressaltando que ataques contra civis são proibidos pelo direito internacional, o diplomata renovou seu “apelo por um cessar-fogo duradouro e abrangente que defenda a soberania da Ucrânia”.
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Ao agradecer o suporte da comunidade internacional, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou a Rússia por estender a guerra e pediu uma resposta dos aliados. “Esta sexta-feira [11] marcou um mês desde que a Rússia rejeitou a proposta dos Estados Unidos de um cessar-fogo total e incondicional. Eles não têm medo. É por isso que continuam lançando mísseis balísticos mirando cidades comuns. Somente pressão — somente ação decisiva — pode mudar isso”, disse.