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Juíza derruba decisão de Trump de cortar recursos de Harvard e Casa Branca reage: "ativista nomeada por Obama"

Magistrada decide que presidente dos EUA encerrou ilegalmente cerca de US$ 2,2 bilhões em subsídios para a Universidade de Harvard

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Foto de 2008 mostra a biblioteca Widener, na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos | Foto: Filippo Diotalevi/Flickr
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Uma juíza determinou nesta quarta-feira (4) que o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, encerrou ilegalmente cerca de US$ 2,2 bilhões em subsídios para a Universidade de Harvard. Os financiamentos de pesquisas para a universidade também não poderão mais ser suspensos.

A decisão da juíza distrital dos EUA Allison Burroughs, em Boston, representou uma grande vitória legal para Harvard, que busca fechar um acordo que possa pôr fim ao conflito em várias frentes da Casa Branca com a universidade.

Sediada em Cambridge, Massachusetts, Harvard tornou-se o foco central da ampla campanha do governo de usar o financiamento federal para forçar mudanças nas universidades dos EUA, que, segundo Trump, estão dominadas por ideologias antissemitas e de "esquerda radical".

Entre as primeiras medidas tomadas pelo governo contra Harvard, está o cancelamento de centenas de bolsas concedidas a pesquisadores, com o argumento de que a universidade não fez o suficiente para lidar com o assédio a estudantes judeus em seu campus.

Harvard entrou com um processo, argumentando que o governo Trump estava violando seus direitos de liberdade de expressão, e agindo em retaliação após a recusa da instituição em atender às exigências para que cedesse o controle sobre quem contrata e quem ensina.

+ Governo Trump intensifica embate com Harvard e ordena cancelamento de contratos de US$ 100 milhões

Decisão da juíza

Nomeada pelo presidente democrata Barack Obama, a juíza afirmou que o presidente republicano estava certo em combater o antissemitismo e que Harvard estava "errada em tolerar comportamentos odiosos por tanto tempo".

Mas ponderou que o combate ao antissemitismo não era o verdadeiro objetivo do governo e que as autoridades queriam pressionar Harvard a atender às suas exigências, violando seus direitos de liberdade de expressão previstos na Primeira Emenda da Constituição dos EUA.

Burroughs apontou ainda que é função dos tribunais salvaguardar a liberdade acadêmica e "garantir que pesquisas importantes não sejam indevidamente submetidas a rescisões arbitrárias e processualmente inválidas, mesmo que isso arrisque a ira de um governo comprometido com sua agenda, custe o que custar".

A decisão impede que o governo feche ou congele qualquer financiamento federal adicional a Harvard e impede que continue a reter o pagamento de subsídios existentes ou que se recuse a conceder novos financiamentos à escola no futuro.

+ Harvard decide processar governo Trump depois de proibição a estrangeiros

Reação da Casa Branca

Em um comunicado, a porta-voz da Casa Branca, Liz Huston, chamou Burroughs de "juíza ativista nomeada por Obama" e disse que Harvard "não tem direito constitucional aos dólares dos contribuintes e permanece inelegível para receber subsídios no futuro".

"Vamos recorrer imediatamente dessa decisão flagrante e estamos confiantes de que, no final, prevaleceremos em nossos esforços para responsabilizar Harvard", disse ela.
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