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Jornal britânico acusa Reino Unido de deportar mais de 600 brasileiros em 50 dias

Viagens aconteceram entre agosto e setembro de 2024; Itamaraty diz que retornos foram voluntários

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Bandeira do Reino Unido | Unsplash
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Mais de 600 brasileiros, incluindo 109 crianças, foram deportados do Reino Unido entre agosto e setembro deste ano. É o que mostra uma reportagem do jornal The Guardian, publicada no domingo (1º), que descreveu as operações como “secretas”.

Segundo a reportagem, três voos foram feitos no período. Um deles ocorreu em 9 de agosto, transportando 205 pessoas, outro em 23 de agosto (transportando 206) e o último em 27 de setembro (218). O jornal destaca que muitas das crianças que estavam nos voos “passaram a maior parte, se não toda, de suas vidas no Reino Unido”.

A informação, no entanto, não foi confirmada pelo governo brasileiro. Em nota, o Itamaraty afirmou que o retorno dos brasileiros foi feito de maneira voluntária, por meio do Programa de Retorno Voluntário do Reino Unido. Tal programa oferece passagens aéreas e apoio financeiro aos migrantes que desejam retornar ao seu país de origem.

“Não se trata de deportação, e sim de decisão voluntária dos participantes de aderir à iniciativa britânica. O processo coaduna-se com os princípios da assistência consular brasileira que, em casos específicos, também financia a viagem de brasileiros em situações de desvalimento no exterior, além de contar com parceria de natureza semelhante com a Organização Internacional para Migrações (OIM)”, disse a pasta.

A afirmação do jornal britânico acontece em meio aos esforços do governo do Reino Unido para conter a imigração. Na última semana, o primeiro-ministro, Keir Starmer, prometeu reduzir o número de migrantes que chegam no país, uma vez que a migração atingiu um novo recorde, com quase 1 milhão no período de um ano.

+ Parlamento do Reino Unido aprova lei anti-imigração

"O Comitê Consultivo de Migração já está conduzindo uma revisão e, onde encontrarmos evidências claras de setores que dependem demais da imigração, reformaremos o sistema baseado em pontos e garantiremos que os pedidos para as rotas de visto relevantes, seja a rota de trabalhadores qualificados ou a lista de ocupações de escassez, agora virão com novas expectativas sobre o treinamento de pessoas aqui em nosso país”, disse.

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