Israel intercepta míssil do Hezbollah lançado em direção a Tel Aviv
Ataque foi em resposta ao assassinato dos principais líderes do grupo
O exército israelense interceptou um míssil perto do centro econômico de Tel Aviv nesta quarta-feira (25). O projétil foi lançado pelo grupo Hezbollah, que, em comunicado, disse que visava acertar a agência de inteligência de Israel, conhecida como Mossad.
Essa é a primeira vez que Tel Aviv entra na mira do Hezbollah. Segundo o grupo, o ataque foi em resposta ao assassinato de seus principais líderes e pela explosão de dispositivos de comunicação – pagers e walkie-talkies – usados por seus membros. Outras dezenas de mísseis foram disparados contra Israel, todos interceptados pelo país.
"O Hezbollah está definitivamente tentando escalar a situação. Qualquer fogo contra Israel é algo que não aceitamos e vamos agir para nos defender e remover a ameaça”, disse o porta-voz do Exército de Israel, tenente-coronel Nadav Shoshani, acrescentando que o exército já começou a lançar uma nova onda de ataques contra o grupo.
O cenário intensifica as tensões entre Israel e Hezbollah, aumentando o temor internacional de uma nova guerra no Oriente Médio. Isso porque os ataques israelenses contra o grupo, baseado no Líbano, acontecem em paralelo à guerra na Faixa de Gaza, onde soldados israelenses seguem tentando “disseminar” o grupo extremista Hamas.
Em Gaza, o número de mortes supera a marca de 40 mil, enquanto o total de deslocados chega a 1,9 milhão (90% da população). Já no Líbano, uma onda de ataques de Israel nesta semana matou ao menos 560 pessoas e deixou 1,6 mil feridos. Os bombardeios também forçaram o deslocamento de milhares de civis para locais seguros.
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A escalada dos conflitos chegou ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, que marcou uma reunião de emergência para hoje para discutir o tema. “O Líbano está à beira do precipício. O povo do Líbano – o povo de Israel – e o povo do mundo – não pode permitir que o Líbano se torne outra Gaza”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres.