Israel defende "rápida eliminação" de novo líder político do Hamas
Yahya Sinwar, mentor dos ataques de 7 de outubro, foi nomeado ao cargo após a morte de Ismail Haniyeh
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, defendeu a “rápida eliminação” do novo líder político do Hamas, Yahya Sinwar. O ex-número dois na hierarquia do grupo extremista foi nomeado ao cargo na terça-feira (6), quase uma semana após a morte de Ismail Haniyeh, vítima de um ataque aéreo em Teerã, capital iraniana.
“A nomeação do arqui-terrorista Yahya Sinwar como o novo líder do Hamas, substituindo Ismail Haniyeh, é mais uma razão convincente para eliminá-lo rapidamente e varrer essa organização vil da face da Terra”, escreveu Katz, nas redes sociais.
A escolha de Sinwar para o cargo é vista como uma provocação do Hamas à Israel. Isso porque o novo líder político é acusado pelo governo israelense de ser o mentor dos ataques de 7 de outubro de 2023, no sul do país. A ação, que resultou em 1,2 mil mortes e 250 sequestros, deu início à guerra na Faixa de Gaza, que já dura 10 meses.
Com isso, Sinwar é considerado um dos homens mais procurados pelo exército israelense. O líder, no entanto, não é visto em público desde os ataques.
Os assassinatos de altos funcionários do Hamas por Israel nos últimos meses estão aumentando a tensão no conflito. Apesar de não ter assumido a autoria do ataque contra Haniyeh, no Irã, o governo israelense confirmou, na última semana, que foi responsável pela morte de Mohammed Deif, chefe da ala militar do grupo extremista.
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“O Hamas permanece firme no campo de batalha e na política. A pessoa que lidera hoje é aquela que liderou a luta por mais de 305 dias e ainda está firme no campo”, disse o porta-voz do Hamas, Osama Hamdan, à Al Jazeera. Segundo ele, Sinwar continuará liderando as negociações de cessar-fogo em Gaza, assim como era feito por Haniyeh.