Israel confirma morte de Mohammed Deif, chefe da ala militar do Hamas
Terrorista conhecido como "gato com nove vidas" foi alvo de um bombardeio aéreo em 13 de julho
As Forças de Defesa de Israel confirmaram, nesta quinta-feira (1º), a morte de Mohammed Deif, chefe da ala militar do Hamas. Ele foi alvo de um ataque aéreo em 13 de julho, na cidade de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza. O bombardeio, que ocorreu em uma zona humanitária, também deixou outros 90 mortos e mais de 300 feridos.
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Pelas redes sociais, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, comemorou o feito. “Muhammad Deif, o 'Osama Bin Laden de Gaza', foi eliminado em 13.07.24. Este é um marco significativo no processo de desmantelamento do Hamas como autoridade militar e governamental em Gaza, e na concretização dos objetivos desta guerra”, disse.
Deif é considerado um dos mentores dos ataques de 7 de outubro em Israel, que acabaram com 1.200 mortos e 250 pessoas raptadas. O terrorista, que estava há décadas no topo da lista dos mais procurados por Israel, também era apontado como um dos principais articuladores na obtenção de armas e na construção de túneis em Gaza.
Até então, Deif já havia escapado de sete tentativas de assassinato, sendo conhecido pelos israelenses como “o gato com nove vidas”. A operação que deixou mais danos foi a de 2002, quando o líder perdeu um dos olhos. Os israelenses também dizem que ele já perdeu um dos pés e uma das mãos, além de ficar com dificuldade de falar.
Os rumores, no entanto, nunca foram confirmados. Isso porque líderes do Hamas tendem a ficar em bunkers e dificilmente fazem aparições em público desde que Israel começou a caçar o grupo terrorista. Atualmente, há apenas três fotos conhecidas de Deif: uma dele mais novo, outra com ele mascarado e a última apenas com sombra dele.
Chefe político do Hamas também foi morto
A confirmação da morte de Deif acontece um dia após o chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh, ser assassinato. Ele também foi alvo de um ataque aéreo, mas dessa vez em Teerã, capital do Irã, onde estava para participar da posse do presidente Masoud Pezeshkian. Apesar das acusações, Israel não assumiu a autoria do ataque.