Israel apresenta plano para evacuar civis de zonas de batalha na Faixa de Gaza
Medida acontece em meio a ameaças de ofensiva terrestre na cidade de Rafah
O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, informou, nesta segunda-feira (26), que as Forças de Defesa apresentaram um plano para evacuar civis das zonas de batalhas da Faixa de Gaza. O planejamento, segundo a pasta, segue o "plano operacional" do exército, que visa destruir o grupo extremista Hamas.
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O anúncio ocorre no momento em que Israel ameaça uma invasão em grande escala na cidade de Rafah, no sul de Gaza, abrigo de 1,5 milhão de palestinos. Na última semana, o exército israelense deu um ultimato ao Hamas, dizendo que se todos os reféns não forem liberados até 10 de março, os soldados iriam lançar uma ofensiva terrestre no local.
Essa foi a primeira vez que Israel informou um prazo para o início da ofensiva em Rafah, que já está sendo alvo de ataques aéreos. O cenário preocupa autoridades e organizações internacionais, uma vez que a operação militar pode resultar numa "carnificina", assim como dito pelo Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk.
O mesmo é dito por outros líderes, que tentam pressionar Israel para abandonar o plano. Nos últimos dias, por exemplo, Egito, Catar e Estados Unidos vêm trabalhando em uma nova rodada de negociações para um cessar-fogo entre Israel e Hamas.
Em entrevista à CBS News no domingo (25), Netanyahu comentou sobre as negociações, dizendo que ainda não está claro se o acordo será adotado.
Ele afirmou, no entanto, que caso cheguem a um entendimento, a ofensiva em Rafah poderá ser adiada. "Se tivermos um acordo, será um pouco adiado, mas acontecerá. Se não tivermos um acordo, faremos isso de qualquer maneira", afirmou.
