Investigação sobre sumiço de jornalista britânica no RJ ganha novos elementos
Charlotte Peet estava em São Paulo quando parou de atender telefone e responder mensagens. Ela está desaparecida há 12 dias
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Marco Pagetti
A investigação sobre o desaparecimento da jornalista britânica Charlotte Peet, de 32 anos, segue em andamento e ganhou novos elementos. Charlotte foi vista pela última vez no dia 8 de fevereiro, quando fez contato com uma amiga em busca de hospedagem no Rio de Janeiro. Desde então, amigos e familiares perderam contato com a comunicadora, que trabalha como freelancer e já produziu reportagens sobre o Brasil para veículos internacionais.
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A Delegacia Especial de Atendimento ao Turista, no Rio de Janeiro, informou que o celular de Charlotte continua ligado, mas não há resposta às ligações. Esse detalhe levou a polícia a ampliar as buscas, incluindo checagens em hospitais e no Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo e do Rio de Janeiro, mas sem sucesso até o momento.
A Polícia Civil de São Paulo apurou que Charlotte estava na capital paulista e comprou uma passagem para o Rio de Janeiro, mas nunca embarcou. O Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o motivo da desistência da viagem e tenta localizar imagens de câmeras de segurança que possam ajudar a esclarecer o trajeto da jornalista antes do desaparecimento.
A última publicação de Charlotte no Instagram foi em julho de 2024. Quatro dias antes de seu desaparecimento, ela postou em um grupo do Facebook que estava procurando um quarto duplo em Londres, o que pode indicar que planejava um retorno à terra natal.
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Mas o estilo de vida que a britânica tinha no Brasil também levanta preocupações: uma amiga norte-americana revelou que a família de Charlotte pediu que ela retornasse para Londres, preocupada com o que chamavam de "vida de farra" no Brasil. O relato sugere que a jovem estaria vivendo uma rotina instável, o que teria motivado seu retorno temporário à Inglaterra no fim de 2023. No entanto, em novembro de 2024, Charlotte decidiu voltar ao Brasil.
A Associação dos Correspondentes de Imprensa Estrangeira no Brasil publicou uma nota pedindo que as autoridades intensifiquem as buscas. Além disso, um e-mail foi criado pela família para receber informações sobre o paradeiro da jornalista.
Investigação não descarta hipóteses
Com o telefone de Charlotte ainda ativo, a polícia não descarta a possibilidade de um afastamento voluntário da jornalista. Enquanto as buscas continuam, amigos, familiares e colegas de profissão seguem na esperança de que ela seja encontrada com vida e em segurança.
O caso permanece sob investigação da Polícia Civil de São Paulo.