Hong Kong ainda tem 300 desaparecidos após incêndio em conjunto habitacional
Polícia investiga construtora e já prendeu três funcionários que podem ser responsabilizados; pelo menos 65 pessoas morreram

SBT News
com informações da Reuters
Ao menos 300 pessoas seguem desaparecidas após o grave incêndio na quarta-feira (26) que destruiu boa parte de um conjunto habitacional em Hong Kong. Nesta quinta-feira (27), o corpo de bombeiros ainda trabalhava para manter as chamas sob controle. Até o momento, 65 mortes foram confirmadas.
A polícia local investiga a construtora encarregada pelo condomínio Wang Fuk Court, localizado no distrito de Tai Po. A empreiteira Prestige Construction and Engineering teve documentos de licitação apreendidos, além de 14 computadores, três telefones celulares e uma lista de funcionários que podem ser responsabilizados pela tragédia. Três trabalhadores já foram presos.
Conforme a superintendente da polícia Eileen Chung, "a forma incontrolável com que o fogo se espalhou pelo prédio é de responsabilidade da empresa, que foi extremamente negligente". Trata-se do incêndio mais mortal de Hong Kong em 77 anos.
O líder de Hong Kong, John Lee Ka-chiu, fala em criar um fundo de HK$ 300 milhões (cerca de R$ 206,3 milhões) para ajudar os desabrigados do complexo, que era composto por 2 mil apartamentos, distribuídos em oito torres de 32 andares, e 4,8 mil moradores.
Pelo menos 900 pessoas já foram encaminhadas para abrigos temporários. Segundo John Lee, o Departamento de Assuntos Internos e o Departamento de Assistência Social de Hong Kong estabeleceram postos de atendimento no local do incêndio e estão oferecendo assistência e apoio psicológico às famílias.
O departamento da cidade também avalia substituir gradualmente os andaimes de bambu em todo o centro financeiro asiático por andaimes de metal como medida de segurança.







