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FBI investiga motivo de atirador em ataque que feriu dois soldados perto da Casa Branca

Lakanwal foi ferido em troca de tiros antes de ser preso e não tinha histórico criminal conhecido; ele solicitou asilo em 2024 e teve pedido aprovado em abril

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Membros da Guarda Nacional dos EUA em local de ataque em Washington | 26/11/2025/Reuters/Nathan Howard
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Investigadores liderados pela força-tarefa conjunta de terrorismo do FBI buscavam pistas nesta quinta-feira (27) sobre o que levou um imigrante afegão a abrir fogo contra dois soldados da Guarda Nacional dos EUA a poucos quarteirões da Casa Branca, no que as autoridades chamaram de ataque de "emboscada" na véspera do Dia de Ação de Graças.

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Os dois soldados, integrantes de uma missão militarizada de segurança ordenada pelo presidente Donald Trump meses atrás e contestada no tribunal por autoridades do Distrito de Columbia, foram hospitalizados em estado crítico.

O suspeito, que foi ferido em uma troca de tiros antes de ser preso, foi identificado pelo Departamento de Segurança Interna (DHS) como Rahmanullah Lakanwal, um cidadão afegão.

Trump, que estava em seu resort na Flórida no momento do ataque, divulgou uma declaração em vídeo pré-gravada na noite dessa quarta (26) chamando o ataque de "um ato de maldade, um ato de ódio e um ato de terror". Ele disse que seu governo irá "reexaminar" todos os afegãos que foram para os EUA durante a Presidência de Joe Biden.

Posteriormente, a agência de Serviços de Cidadania e Imigração dos EUA informou que suspendeu o processamento de todas as solicitações de imigração relacionadas a cidadãos afegãos por tempo indeterminado, "enquanto se aguarda uma análise mais aprofundada dos protocolos de segurança e verificação".

De acordo com o DHS, Lakanwal entrou nos EUA em 2021 sob a Operação Boas-vindas aos Aliados, um programa da era Biden para reassentar milhares de afegãos que ajudaram os EUA durante a guerra do Afeganistão e temiam represálias das forças do Talibã que assumiram o controle de sua terra natal após a retirada dos EUA.

A NBC News, citando uma entrevista com um parente não identificado do suspeito, relatou nesta quinta que Lakanwal serviu no Exército afegão por 10 anos ao lado de tropas das Forças Especiais dos EUA e esteve estacionado em Kandahar durante parte desse período.

O parente também disse que Lakanwal estava trabalhando para a gigante do varejo online Amazon.com na última vez em que se falaram, há vários meses, segundo a NBC News.

O DHS não incluiu outros detalhes de seu registro de imigração, mas uma autoridade do governo Trump que falou sob condição de anonimato disse que Lakanwal solicitou asilo em dezembro de 2024 e foi aprovado em 23 de abril deste ano, três meses após a posse de Trump. Lakanwal, de 29 anos, que residia no Estado de Washington, não tinha histórico criminal conhecido, de acordo com a autoridade.

(Reportagem de Leah Douglas, Jana Winter e Phil Stewart; reportagem adicional de Idrees Ali, Jeff Mason, Steve Gorman, Jasper Ward, Kanishka Singh, Ted Hesson e David Morgan)

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