"Gêmeo parasita": bebê de 1 ano morre com um feto dentro de seu crânio; entenda
O caso aconteceu na China e foi descrito pela revista científica" American Journal of Case Reports"
Um bebê de 1 ano morreu após a descoberta de uma condição rara. Médicos encontraram um feto dentro de sua cabeça, em uma anomalia chamada fetus in fetu (FIF) ou gêmeo parasita.
+ Wegovy, Ozempic, Mounjaro, Saxenda e Trulicity: quais as diferenças das "canetas" contra obesidade?
O caso aconteceu na China e foi descrito pela revista científica American Journal of Case Reports na última sexta-feira (21). A criança passou por cirurgia, mas acabou morrendo 12 dias após a operação.
Segundo a revista, o feto retirado tinha 18 centímetros e já havia desenvolvido braços, olhos e cabelo.
+ Brasil Agora: STF fixa limite de 40g para diferenciar usuário de traficante de maconha
O que é fetus in fetu?
O fetus in fetu (FIF) ou gêmeo parasita é uma condição médica extremamente rara em que um feto anômalo é encontrado dentro do corpo de seu gêmeo. Esta condição ocorre durante a gestação, quando um embrião malformado é "englobado" pelo outro.
O embrião englobado pode continuar a se desenvolver de forma rudimentar dentro do corpo do gêmeo saudável.
A causa exata do fetus in fetu não é completamente compreendida, mas acredita-se que ocorra devido a um desenvolvimento anômalo dos gêmeos, em que um embrião se desenvolve dentro do corpo do outro.
Histórico do caso
A mãe, ao notar atraso no desenvolvimento motor da filha, levou a criança para fazer check-ups de rotina. Os médicos então analisaram o histórico da gestação e perceberam que, na 33ª semana, o perímetro cefálico (tamanho do crânio) do bebê estava maior do que o normal para o período.
A menina nasceu com 37 semanas e, após um ano, não conseguia andar, engatinhar e só falava a palavra "mãe".
Uma tomografia computadorizada de crânio revelou tecidos e ossos semelhantes a um membro na área intracraniana da menina. Inicialmente, os médicos acreditaram que seria um tumor.
Foi realizada uma cirurgia para a retirada do feto, porém ela teve convulsões difíceis de serem controladas. Após 12 dias da cirurgia, ela não resistiu.
