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Gabinete do presidente da Coreia do Sul é alvo de operação sobre lei marcial

Yoon Suk Yeol está sendo investigado criminalmente por impor a legislação, podendo responder por crime de rebelião

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Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol | Flickr
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O gabinete do presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi alvo de uma operação policial nesta quarta-feira (11). Segundo a mídia local, o líder está sendo investigado criminalmente por decretar, na última semana, uma lei marcial para restringir direitos civis no país – que foi revogada horas depois devido à forte oposição parlamentar.

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Paralelo à operação, dois oficiais foram detidos por seus papéis na execução da lei marcial. Cho Ji Ho, comissário-geral da Agência Nacional de Polícia, e Kim Bong-sik, chefe da Agência de Polícia Metropolitana de Seul, foram responsáveis por enviar forças policiais para a Assembleia Nacional para impedir a votação dos legisladores.

Outra figura que foi detida por envolvimento no caso foi o ex-ministro da Defesa, Kim Young Hyun. Ele foi detido sob alegações de desempenhar um papel fundamental na imposição da lei marcial e cometer abuso de poder. Park Sung Jae, ministro da Justiça, informou que Kim foi impedido de tentar suicídio na noite de terça-feira (10).

De acordo com a polícia, o objetivo da operação no gabinete presidencial e das detenções é descobrir se Yoon, Kim e outros envolvidos na imposição da lei marcial cometeram crime de rebelião. Neste caso, a pena máxima seria a de morte.

Novo pedido de impeachment

O principal partido de oposição do governo, o Partido Democrata, disse que planeja apresentar uma nova moção para o impeachment de Yoon pela imposição da lei marcial. A primeira tentativa de impeachment, votada no sábado (7), não passou, já que a maioria dos parlamentares do partido do qual o presidente faz parte boicotou a votação.

Para abrir o processo de impeachment, é necessário que mais de dois terços dos 300 membros da Assembleia Nacional votem a favor. Uma vez aprovado, um julgamento é realizado no Tribunal Constitucional. Se seis dos nove membros da Corte sustentarem o impeachment, o presidente é destituído do cargo e uma nova eleição é realizada.

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Ao ter o primeiro pedido de impeachment negado, Yoo se desculpou por decretar a lei marcial, alegando que agiu no desespero para conter o movimento pró-Coreia do Norte e anti-Estado no país. Ele afirmou, no entanto, que não evitará a responsabilidade legal ou política pelo ato, e que deixará seu partido decidir sobre sua permanência.

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