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Franceses vão às ruas protestar contra extrema-direita

Eleitores temem que conservadores ganhem as eleições legislativas antecipadas

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Manifestações ocorreram por todo o país | Reprodução/redes sociais
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Milhares de franceses foram às ruas, neste sábado (15), para protestar contra o avanço da extrema-direita no país. A ação reuniu estudantes, ativistas, sindicalistas e políticos, que temem que as eleições legislativas, convocadas pelo presidente Emmanuel Macron, elejam o primeiro governo de extrema-direita desde a Segunda Guerra Mundial.

+ Líder da direita tradicional pretende se aliar a Le Pen contra Macron na França

Em Paris, os manifestantes começaram a se reunir na Place de La Republique, de onde marcharam até a praça da Bastilha. Sophie Binet, líder sindical da Confederação Geral do Trabalho (CGT), disse que a movimentação acontece devido a preocupação de que o partido de extrema-direita Reunião Nacional (RN) ganhe espaço no governo.

"Em 23 dias o nosso país poderá cair no fascismo. Mais do que nunca, é necessário aumentar as mobilizações nas ruas e nas empresas”, disse ela. “Estamos marchando porque estamos extremamente preocupados que Jordan Bardella [líder do RN] possa se tornar o próximo primeiro-ministro. Queremos evitar esse desastre”, completou.

Na cidade de Nice, na Riviera Francesa, manifestantes marcharam pela Avenida Jean Médecin, a principal rua comercial da cidade. Já em Marselha, uma marcha partiu do porto de Vieux-Port. Ao todo, segundo o Ministério do Interior francês, são esperados entre 300 mil e 500 mil manifestantes em todo o país. 21 mil policiais foram mobilizados.

Cidadãos vêm se reunindo diariamente desde que a extrema-direita obteve ganhos históricos nas eleições para o Parlamento Europeu. Com a perda de apoio no governo, Macron decidiu dissolver o Parlamento e antecipar as eleições legislativas no país. O pleito foi marcado em dois turnos, para os dias 30 de junho e 7 de julho.

Pesquisas de opinião sugerem que o RN deve estar à frente no primeiro turno das eleições. O partido saiu na frente no pleito europeu, obtendo mais de 30% dos votos expressos na França, quase o dobro dos votos do partido Renascença, de Macron.

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