Publicidade
Mundo

FBI diz que atropelamento em Nova Orleans foi ato terrorista isolado e afasta elo com explosão em Vegas

Polícia fez buscas no Texas, na casa do veterano militar que avançou sobre multidão e matou 14; Tesla detonado em hotel de Trump foi alugado por militar

Imagem da noticia FBI diz que atropelamento em Nova Orleans foi ato terrorista isolado e afasta elo com explosão em Vegas
Carro elétrico da Tesla pega fogo, explode e mata uma pessoa em frente a hotel da rede Trump | Foto: Reprodução
Publicidade

O FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, reforçou nesta quinta-feira (2) que o atropelamento em massa em Nova Orleans, na virada do ano, foi um ato de terrorismo premeditado. Os agentes informaram ainda que o motorista, que matou ao menos 14 pessoas e foi morto pela polícia, agiu sozinho. Novas imagens mostram a a ação do criminoso, que, de acordo o FBI, foi inspirado pelo Estado Islâmico.

Equipes do FBI fizeram buscas nesta quinta-feira, cumprindo mandados de busca em duas frentes. Em Nova Orleans, local do atropelamento em massa, e em Houston, no Texas, onde morava Shamsud-Din Bahar Jabbar, de 42 anos, que avançou contra a multidão em festa.

Cidadão norte-americano, o FBI informou que ele era ex-militar do Exército. O atropelamento em massa foi tratado desde o início como "ato terrorista".

Os agentes revistaram uma propriedade atrás de pistas sobre a motivação do crime. Imagens divulgadas nas redes sociais, mostram o momento em que Jabbar usa uma caminhonete branca para furar os bloqueios policiais e, logo depois, avançar contra um grupo de pessoas que festejava a chegada de 2025.

O criminoso ainda trocou tiros com policiais e feriu dois deles, que estão internados.

A família do autor do crime se manifestou pela primeira vez nesta quinta-feira. Os parentes disseram estar chocados com os acontecimentos porque, segundo eles, o ex-militar era uma pessoa tranquila e querida por todos.

Não é bem isso o que o FBI descobriu ao examinar os celulares e os dois laptops encontrados no veículo usado por Jabbar. Os investigadores disseram que o atropelador afirmou, em uma série de vídeos, que pretendia matar a própria família, mas desistiu por considerar que a mensagem que passaria não atingiria os objetivos dele.

Jabbar teria dito, ainda, que teve sonhos que o inspiraram a se juntar ao Estado Islâmico. Ele carregava uma bandeira do grupo dentro do veículo e gravou vídeos exaltando os terroristas. A investigação aponta uma ação solitária do ex-militar.

Vegas

Os agentes descartam, por enquanto, uma ligação entre o ataque em Nova Orleans e a explosão de um carro elétrico da Tesla, em frente a um hotel da rede que pertence ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, em Las Vegas, registrado horas depois, também no dia 1º.

Matthew Livelsberger, um soldado da ativa do exército norte-americano, estava dentro de Cybertruck da Tesla que explodiu na frente do Trump International Hotel, em Vegas. O carro da empresa do bilionário Elon Musk estava parado na frente do lobby do hotel-cassino. Algumas pessoas ficaram levemente feridas e o autor morreu.

+ EUA: Explosão de carro elétrico da Tesla é investigada como "possível ato terrorista"

A polícia de Vegas encontrou material nos restos do veículo que podem indicar a causa da explosão e passou a investigar "possível ato terrorista". Segundo Jeremy Schwartz, agente do Departamento Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês), a mudança na linha de investigação ocorreu após a polícia encontrar galões de gasolina, fogos de artifício e outros artefatos na parte de trás do veículo. A suspeita é que os itens foram conectados a um sistema de detonação.

Os dois episódios desta quarta-feira (1), em locais distintos, têm em comum o fato de os autores serem ligados às Forças Armadas. Os dois militares serviram no Fort Bragg, na Carolina do Norte, mas as autoridades não informaram se eles serviram no mesmo período. Os carros usados, de Jabbar e de Matthew, foram alugados pelo mesmo aplicativo.

Polícia encontrou gasolina e fogos de artifício na parte de trás do veículo | Divulgação/Departamento de Polícia de Las Vegas
Polícia encontrou gasolina e fogos de artifício na parte de trás do veículo | Divulgação/Departamento de Polícia de Las Vegas

A hipótese de conexão entre os casos havia sido levantadas, na noite desta quarta-feira (1), em discurso do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

Em entrevista coletiva à imprensa, o xerife da Polícia de Las Vegas, Kevin McMahill, informou nesta quarta-feira (1) que o veículo que explodiu foi alugado por meio do aplicativo Turo, no Colorado. "O motorista alugou o veículo no Colorado e chegou a Las Vegas aproximadamente às 7h30, dirigindo pela Las Vegas Strip até chegar ao hotel onde ocorreu o incidente. O Tesla Cybertruck foi observado entrando na área de manobrista do hotel aproximadamente às 8h38. Pouco depois, o veículo explodiu e pegou fogo."

+ FBI identifica motorista que matou 15 pessoas em ataque em Nova Orleans

Pelas redes sociais, o bilionário e dono da Tesla, Elon Musk, afirmou que a fabricante também está apurando o ocorrido e que, até o momento, chegou à mesma conclusão da polícia. "A explosão foi causada por fogos de artifício e/ou uma bomba na caçamba do Cybertruck alugado e não tem relação com o próprio veículo", disse.

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade