Ex-presidente do Peru Martín Vizcarra é condenado a 14 anos de prisão por corrupção
Justiça peruana concluiu que Vizcarra recebeu subornos de empresas de construção quando era governador de Moquegua, entre 2011 e 2014

Reuters
A Justiça do Peru condenou nesta quarta-feira (26) o ex-presidente Martín Vizcarra a 14 anos de prisão, após considerá-lo culpado por receber propinas de empresas de construção durante o período em que governou a região de Moquegua, entre 2011 e 2014, antes de assumir a presidência.
Segundo o veredicto, Vizcarra aceitou o equivalente a US$ 676 mil em troca da concessão de contratos de obras públicas enquanto era governador do sul do país. O julgamento começou em outubro do ano passado e, durante todo o processo, ele negou as acusações, alegando ser alvo de perseguição política.
Vizcarra assumiu a presidência em 2018, após a renúncia do antecessor, e foi destituído dois anos depois pelo Congresso, também envolvido em investigações por corrupção.
Em 2021, mesmo com expressiva votação para o Congresso, foi proibido de ocupar cargos públicos por 10 anos por ter dissolvido o Parlamento em 2019.
Atualmente, o irmão mais velho de Martín, Mario Vizcarra, é pré-candidato à presidência nas eleições de abril de 2026, pelo partido "Peru Primeiro", no qual o ex-presidente atua como um dos principais conselheiros.
O Peru enfrenta uma crise política prolongada, com seis presidentes desde 2018. Três outros ex-líderes do país também estão presos por acusações semelhantes: Alejandro Toledo e Ollanta Humala por corrupção, e Pedro Castillo, que responde por rebelião.









