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EUA e China chegam a acordo sobre terras raras e fazem pausa em tarifas para análise de Trump e Xi

Trump e Xi devem se reunir na próxima quinta (30) à margem da cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), na Coreia do Sul, para assinar termos

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Presidente dos EUA, Donald Trump, durante reunião de cúpula da Asean, em Kuala Lumpur, na Malásia | 26/10/2025/Vincent Thian/Pool via Reuters
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As principais autoridades econômicas da China e dos Estados Unidos elaboraram, neste domingo (26), a estrutura de um acordo comercial para o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping, finalizarem, o que interromperia as tarifas norte-americanas mais rígidas e os controles de exportação de terras raras chinesas e retomaria as vendas de soja dos EUA para a China, disseram autoridades norte-americanas.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse que as negociações paralelas à Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) em Kuala Lumpur eliminaram a ameaça das tarifas de 100% impostas por Trump sobre as importações chinesas a partir de 1º de novembro. Bessent disse que espera que a China adie a implementação de seu regime de licenciamento de minerais de terras raras e ímãs por um ano, enquanto a política é reconsiderada.

As autoridades chinesas foram mais cautelosas com relação às negociações e não forneceram detalhes sobre o resultado das reuniões.

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Trump e Xi devem se reunir na quinta-feira (30) à margem da cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) em Gyeongju, Coreia do Sul, para assinar os termos. Embora a Casa Branca tenha anunciado oficialmente as tão esperadas conversas entre Trump e Xi, a China ainda não confirmou que os dois líderes se encontrarão.

"Acho que temos uma estrutura muito bem-sucedida para os líderes discutirem na quinta-feira", disse Bessent aos repórteres depois que ele e o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, se reuniram com o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, e o principal negociador comercial da China, Li Chenggang, para uma quinta rodada de discussões presenciais desde maio.

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Bessent disse que prevê que a trégua tarifária com a China será estendida para além da data de expiração, em 10 de novembro, e que a China voltará a comprar soja dos EUA, depois de não ter comprado nada em setembro, em favor da soja do Brasil e da Argentina.

Os produtores de soja dos EUA "se sentirão muito bem com o que está acontecendo nesta temporada e nas próximas temporadas por vários anos" quando os termos do acordo forem anunciados, disse Bessent ao programa da ABC "This Week".

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Greer disse ao programa "Fox News Sunday" que ambos os lados concordaram em pausar algumas ações punitivas e encontraram "um caminho a seguir no qual podemos ter mais acesso a terras raras da China, podemos tentar equilibrar nosso déficit comercial com as vendas dos Estados Unidos".

Li Chenggang, por sua vez, disse que os dois lados chegaram a um "consenso preliminar" e, em seguida, passarão por seus respectivos processos de aprovação interna.

"A posição dos EUA tem sido dura", disse Li. "Tivemos consultas muito intensas e nos envolvemos em intercâmbios construtivos para explorar soluções e acordos para tratar dessas preocupações."

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As autoridades norte-americanas e chinesas disseram que, além das terras raras, discutiram a expansão do comércio, a crise do fentanil nos EUA, as taxas de entrada nos portos dos EUA e a transferência do TikTok para o controle acionário dos EUA.

Bessent disse ao programa "Meet the Press" da NBC que os dois lados precisam acertar os detalhes do acordo com o TikTok, permitindo que Trump e Xi "consumem a transação" na Coreia do Sul.

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