Embaixador da Palestina defende Lula: "declaração foi defesa da paz e condenação do Holocausto"
Presidente comparou os ataques israelenses na Faixa de Gaza ao Holocausto e foi declarado "persona non grata" por Israel
O embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Mohamed Alzeben, defendeu nesta segunda-feira (19) o posicionamento do presidente Lula, que comparou os ataques israelenses na Faixa de Gaza ao Holocausto. O petista tem recebido críticas e foi declarado "persona non grata" por Israel.
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Em entrevista ao SBT News, Alzeben disse que a declaração de Lula foi uma defesa da paz e uma condenação explícita do Holocausto.
"O presidente condenou expressamente, com palavras bem claras, aqueles que cometeram o Holocausto. O Holocausto não pode acontecer nunca mais, assim como o genocídio da Palestina tem que parar já", disse o embaixador.
Segundo Alzeben, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, está usando o discurso do presidente brasileiro para desviar a atenção internacional da barbárie cometida na Faixa de Gaza. Mais de 29 mil palestinos já morreram desde outubro.
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No fim de janeiro, a Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que não havia comida suficiente para as pessoas que vivem na Faixa de Gaza. De acordo com a organização internacional, a população faz fila na chuva e no frio para obter suprimentos.
Para o embaixador, as imagens de crianças palestinas passando fome são comparáveis ao que aconteceu durante a 2ª Guerra Mundial. "São imagens parecidas àquelas da 2ª Guerra Mundial: crianças e idosos estão levando um prato para receber comida. Estão submetendo nosso povo à fome, isso não pode acontecer. Se isso aconteceu na 2ª Guerra Mundial, que é algo condenável, não pode acontecer no século XXI", diz.