Número de palestinos mortos em Gaza por ofensiva israelense passa de 29 mil
Ataques aéreos atingiram três campos de refugiados nas últimas 24h
Subiu para 29.092 o número de civis mortos em decorrência da guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas na Faixa de Gaza. O número foi atualizado na manhã desta segunda-feira (19) pelo Ministério da Saúde local, que calculou 107 óbitos apenas nas últimas 24h, sobretudo nos campos de refugiados de Nuseirat, Maghazi e Bureij.
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Em relação aos feridos, o número passa de 69 mil. O cenário está ficando cada vez mais crítico, uma vez que quase todos os hospitais de Gaza estão inoperantes. No domingo (18), a Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou que o hospital Nasser, o segundo maior da região, não está mais funcionando devido aos ataques contínuos de Israel.
Atualmente, o principal temor é que o exército israelense intensifique a ofensiva em Rafah, no sul de Gaza, último abrigo dos palestinos. Líderes e organizações internacionais já apontaram extrema preocupação com o cenário, já que uma operação militar no local seria catastrófica, uma vez que mais de 1,5 milhão de pessoas estão no local.
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“Metade da população de Gaza está amontoada em Rafah sem ter para onde ir. Os relatos de que os militares israelenses pretendem se concentrar em Rafah são alarmantes. Tal ação aumentaria exponencialmente o que já é um pesadelo humanitário com consequências regionais incalculáveis”, disse a Organização das Nações Unidas (ONU).
O alto número de mortos já foi levado à Corte Internacional de Justiça, mais conhecida como Corte de Haia. No fim de janeiro, o tribunal reconheceu que a ofensiva em Gaza representa um risco plausível de danos irreversíveis e imediatos à população palestina, determinando que Israel tome medidas para evitar atos genocidas na região.
A determinação, no entanto, não atendeu à principal medida cautelar solicitada pela África do Sul, responsável pela apresentação do caso, que pedia o fim da operação militar em Gaza. Apesar disso,o país saudou o que chamou de uma "vitória decisiva" para o direito internacional, já que Israel deverá promover um cessar-fogo para cumprir as medidas.