2º maior hospital da Faixa de Gaza não funciona mais; OMS foi impedida de entrar no local
Cerca de 200 pacientes ainda estão no prédio e ao menos 20 precisam ser encaminhados com urgência para outro hospital
Vitória Santiago
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, afirmou neste domingo (18) que o hospital Nasser, o segundo maior da Faixa de Gaza, não funciona mais. O prédio foi invadido pelas Forças de Defesa Israelenses na quinta-feira (15), para prender possíveis terroristas.
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"O hospital Nasser em Gaza não funciona mais, depois de um cerco de uma semana seguido de um ataque contínuo", disse o diretor da OMS em publicação no X (antigo Twitter).
A operação militar interrompeu o fornecimento de oxigênio e combustível no hospital. Uma equipe da OMS foi impedida de entrar no prédio para entregar combustível, disse Tedros.
"Tanto ontem como anteontem, a equipe da OMS não foi autorizada a entrar no hospital para avaliar as condições dos pacientes e as necessidades médicas críticas, apesar de chegar ao complexo hospitalar para entregar combustível junto com parceiros", explicou o diretor.
Cerca de 200 pacientes ainda estão no hospital e ao menos 20 precisam ser encaminhados com urgência para outras unidades para receberem cuidados de saúde. "O custo dos atrasos será pago pela vida dos pacientes. O acesso aos pacientes e ao hospital deve ser facilitado", ressaltou Tedros.
Invasão ao hospital
Pelo menos cinco pacientes morreram após a invasão do exército israelense ao hospital Nasser, na última quinta-feira (15). Autoridades locais, controladas pelo Hamas, afirmam que as mortes ocorreram porque a eletricidade e o fornecimento de oxigênio foram cortados com a operação militar.
O exército israelense diz que prendeu, na ação, mais de 20 terroristas que participaram dos ataques ao país, em outubro. Segundo as Forças de Defesa de Israel, o Hamas manteria reféns no hospital.