ONU: “Não há comida suficiente” na Faixa de Gaza
Já a organização Médicos Sem Fronteira denuncia que pacientes não têm opção de tratamento médico
De acordo com as Nações Unidas (ONU), já não há comida suficiente para as pessoas que vivem na Faixa de Gaza. De acordo com a organização, a população faz fila na chuva e no frio para obter suprimentos. Os abrigos de Khan Younis estão superlotados, operando quatro vezes acima da capacidade.
Além disso, o Escritório de Coordenação de Ajuda relatou intensos combates próximos a dois hospitais da região. O impacto disso, segundo a organização Médicos Sem Fronteiras, é que muitos pacientes feridos “não têm opções de tratamento em meio aos intensos combates”.
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Comissário-geral da agência, Philippe Lazzarini, classificou que a operação humanitária no enclave “está em colapso”. Cerca de 2 milhões de pessoas dependem da ONU para sobreviver. Subsecretário-geral para os Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, diz que “o povo de Gaza tem suportado horrores e privações impensáveis há meses”.
Secretário-geral da ONU, António Guterres chamou a atenção para que os países que suspenderam o financiamento da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (Unrwa), reconsiderem as decisões. Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, disse que cortar o financiamento “só prejudicará o povo de Gaza”.
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Os países que cortam o financiamento da agência ligada à ONU são Estados Unidos, Canadá, Austrália, Reino Unido, Alemanha, Itália, Holanda, Suíça, Finlândia, Estônia, Japão, Áustria e Romênia.
De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 26 mil pessoas já morreram na Faixa de Gaza, durante a Guerra de Israel contra o Hamas. Autoridades militares israelenses informaram que mais de 1.200 soldados de Israel também morreram.