Em Haia, Israel nega acusações de genocídio e classifica guerra em Gaza como "trágica"
Manifestantes protestaram contra os israelenses do lado de fora da Corte Internacional de Justiça
O governo de Israel chamou a guerra em Gaza de "trágica" e negou as acusações de genocídio na Corte Internacional de Justiça, em Haia, na Holanda.
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Com protesto do lado de fora, onde um dos manifestantes dizia que "não há bondade em uma guerra", os representantes de Israel tentavam convencer a Corte Internacional de Justiça de que a invasão de Rafah é necessária, e que os sul-africanos usam argumentos falsos pra acusar o país de genocídio do povo palestino.
Com apoio do Brasil, a África do Sul lidera o processo que agora pede à Corte que determine a suspensão imediata dos ataques à cidade que fica no sul da Faixa de Gaza. A pressão também vem de nações desenvolvidas, aliadas de primeira hora Israel. 13 delas enviaram uma carta ao governo israelense pedindo pra que o país respeite as leis internacionais.
Com exceção dos Estados Unidos, todos os países do G7 mais Austrália, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Holanda, Dinamarca, Suécia e Finlândia assinaram o documento, noticiado pela agência Reuters.
Os norte-americanos confirmaram a primeira entrega de ajuda humanitária pelo porto flutuante que construíram, no dia em que Israel anunciou a recuperação dos corpos de três reféns na Faixa de Gaza.
Além de Rafah, o exército israelense voltou a enfrentar o Hamas em áreas em que dizia ter eliminado os inimigos, como no campo de refugiados de Jabalia.
A indefinição sobre eliminar o Hamas e o que fazer após a guerra gerou uma crise no gabinete do premiê Benjamin Netanyahu, dividido entre os que são a favor ou contra uma tomada definitiva e a colonização do território palestino.