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Ajuda humanitária começa a chegar a Gaza por meio de píer construído pelos EUA

Primeiros caminhões desembarcaram nesta sexta (17) no enclave palestino; países pedem que Israel permita entrada de ajuda por via terrestre

Ajuda humanitária começa a chegar a Gaza por meio de píer construído pelos EUA
Píer flutuante construído pelos EUA para levar ajuda humanitária à Gaza | Reprodução/CENTCOM
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Os primeiros caminhões carregando ajuda humanitária começaram a desembarcar na Faixa de Gaza por meio do píer construído pelos Estados Unidos, informou o Comando Central (CENTCOM) americano nesta sexta-feira (17).

A nova porta de entrada de ajuda humanitária acontece num momento crítico para os palestinos. O território, atualmente palco da guerra entre Israel e o grupo Hamas, vem sofrendo uma intensa crise humanitária, com quase toda a população sofrendo de insegurança alimentar aguda grave.

O comunicado do CENTCOM não informou a quantidade de veículos que já entraram no território palestino. A estimativa é que 150 caminhões possam entrar por dia em Gaza por meio do novo acesso. Número bastante inferior aos mais de 500 caminhões que entravam diariamente no enclave antes do início da guerra, em 7 de outubro.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, informou que caminhões com ajuda humanitária enviados pelo Reino Unido também já utilizaram o cais para levar os kits ao enclave.

“A ajuda do Reino Unido está agora sendo entregue às pessoas através do cais temporário ao largo de Gaza”, disse o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak em um comunicado nesta sexta. “Mais ajuda seguirá nas próximas semanas, mas sabemos que a rota marítima não é a única solução. Precisamos ver mais rotas terrestres abertas.”

No início de maio, as forças israelenses tomaram controle de parte da cidade de Rafah, no sul, incluindo a fronteira com o Egito. A passagem que fica na região era uma das únicas que ainda não tinham sido bloqueadas por Tel Aviv, mas está paralisada desde 11 de maio.

Organizações internacionais criticam a construção do cais. Eles afirmam que a alternativa, além de ter uma logistica complicada, desvia a atenção de uma solução mais apropriada e simples – que Israel abra as travessias terrestres para Gaza e assegure a entrada dos caminhões de ajuda.

Também não está claro quem será responsável por cada etapa da entrega após a entrada dos caminhões em Gaza, e quem irá garantir a segurança dos trabalhadores humanitários que descarregam e distribuem a ajuda. Na quinta-feira (16), o CENTCOM disse: “As Nações Unidas receberão a ajuda e coordenarão sua distribuição em Gaza”, mas não especificou se esse será o arranjo durante todo o tempo.

Entregas humanitárias anteriores já foram alvo de ataque de Israel. Segundo a Human Rights Watch, o exército de Israel atacou comboios e instalações de trabalhadores humanitários em Gaza pelo menos oito vezes desde outubro.

+ ONG que teve funcionários mortos por ataque israelense em Gaza exige investigação independente

Na segunda-feira (13), um funcionário estrangeiro das Nações Unidas foi morto em um ataque no leste de Rafah quando o veículo em que estava foi alvejado. No mês passado, Israel atacou um comboio pertencente à World Central Kitchen, matando sete trabalhadores humanitários.

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