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Eleitores que moram em outros países enfrentam dificuldades para se registrarem para votar na Venezuela

Eleições ocorrem no dia 28 de julho; venezuelanos da embaixada do Peru protestaram com bocas amordaçadas

Eleitores que moram em outros países enfrentam dificuldades para se registrarem para votar na Venezuela
Venezuelanos encaram dificuldades para se registrarem para votar | Reprodução SBT Brasil
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Esta terça-feira (16) foi o último dia para os venezuelanos que moram no exterior se registrarem para votar nas próximas eleições presidenciais, porém, as embaixadas em vários países tiveram longas filas.

+Lula diz que Venezuela e Maduro "precisam" de eleições democráticas

Como forma de protesto, eleitores venezuelanos da embaixada do Peru surgiram com bocas amordaçadas. Já na Colômbia, uma multidão cantou o hino nacional, enquanto reclamava da burocracia e da demora para o registro dos eleitores. Em Buenos Aires, na Argentina, a fila não andava. A porta de metal parecia permanecer fechada diante de pessoas que aguardavam desde as primeiras horas da manhã.

De acordo com a Agência da ONU para Refugiados, quase 8 milhões de venezuelanos vivem no exterior, um número considerável para um país com uma população de 35 milhões. Muitos desses deixaram a Venezuela devido às condições precárias de vida e trabalho, o que levanta questões sobre a popularidade do presidente Nicolás Maduro entre eles.

Maria Fernanda, uma advogada residente na Argentina há onze anos, acredita que a lentidão da embaixada visa evitar votos na oposição.

As eleições, que vão ocorrer no dia 28 de julho, foram marcadas após o Acordo de Barbados, um compromisso assumido pelo governo diante da comunidade internacional de realizar eleições livres e justas. No entanto, o regime vem descumprindo a promessa. Em um primeiro momento, deixou de fora a líder da oposição, María Corina Machado.

Hoje, mais um ativista da oposição, o jornalista Carlos Rojas, foi preso em Caracas, acusado de conspirar para assassinar o presidente. Isso levanta preocupações sobre um regime que parece escolher a dedo tanto os candidatos quanto os eleitores.

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