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Lula diz que Venezuela e Maduro "precisam" de eleições democráticas

Declaração foi feita após reunião com o presidente da Espanha, Pedro Sánchez. Durante coletiva com o espanhol, Lula criticou Bolsonaro

Lula diz que Venezuela e Maduro "precisam" de eleições democráticas
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+ Quaest: aprovação de Lula cai para 51%, e avaliação negativa do governo sobe a 34%

“Eu espero que as eleições sejam as mais democráticas possíveis e segundo o presidente Maduro disse na reunião em São Vicente e Granadinas, ele vai convocar todos os olheiros do mundo que quiserem assistir o processo eleitoral da Venezuela [...] a primeira coisa que me deixa feliz é que estão convocadas as eleições, tem data para inscrição dos candidatos, disputa política, está tudo marcado. Acho que a Venezuela precisa disso, o Maduro precisa disso e a humanidade precisa disso”, disse o presidente da República.

Lula também afirmou ser necessário respeitar a “presunção de inocência” das eleições da Venezuela, em questionamentos e críticas ao processo eleitoral antes de sua realização. Lula ainda comentou o que foi entendido como uma indireta para Maria Corina, líder da oposição a Maduro, que foi barrada de disputar as eleições. O presidente brasileiro afirmou ter sido impedido de disputar o pleito em 2018, mas em vez de “chorar”, indicou outro candidato para a disputa presidencial.

“Eu fui impedido de concorrer às eleições de 2018 e em vez de ficar chorando indiquei outro candidato e ele disputou as eleições. Na Venezuela está marcada as eleições 28 de julho”, disse.

O presidente do Brasil ainda fez votos para que as eleições da Venezuela sejam um primeiro passo para os Estados Unidos (EUA) acabarem com o bloqueio econômico da Venezuela e que o fim das sanções também se estendam à Cuba.

O presidente da Espanha, Pedro Sánchez, também celebrou a convocação das eleições venezuelanas no segundo semestre deste ano e argumentou na mesma linha de Lula, de que a Venezuela precisa deste processo.

“Temos defendido na Espanha há muitos anos as eleições na Venezuela, e celebramos que tenham sido convocadas. A Espanha vai contribuir para isso e esperamos que essas eleições sejam celebradas com as garantias democráticas que o povo venezuelano precisa”, frisou.

Bolsonaro

Durante a entrevista conjunta entre Lula e Sánchez, o brasileiro lembrou de uma reunião convocada em 2022 pelo então presidente Jair Bolsonaro com o corpo diplomático para atacar as urnas e as eleições brasileiras.

“Vou dizer uma coisa ao presidente Pedro Sánchez: Há dois anos atrás o presidente da República teve a falta de pudor e falta de vergonha de convocar todos os embaixadores, toda a União Europeia também estiveram reunidos com o presidente da República para ele insinuar aos embaixadores do mundo inteiro que as eleições do Brasil não foram honestas que ele ia ser roubado e as eleições não eram confiáveis. Para ver o nível de quem governou este país”.

Pedro Sánchez concordou com Lula e afirmou que aconteceu algo parecido com ele após vencer as eleições espanholas.

“Querido presidente, na Espanha eu tive adversários que também questionaram a minha vitória e o processo eleitoral”, disse o espanhol.

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