Eleições nos EUA podem definir rumos da diplomacia internacional e conflitos globais
Resultado eleitoral americano terá impacto nas guerras da Ucrânia e Oriente Médio; relações com China e aliados também podem ter mudanças
A eleição nos Estados Unidos promete influenciar não apenas o futuro do país, mas também de toda a geopolítica global. A decisão dos americanos nas urnas poderá impactar conflitos estratégicos, alianças militares e até o comércio mundial.
A Ucrânia e o Oriente Médio são áreas sensíveis a mudanças na política externa americana. Atualmente, os Estados Unidos possuem um papel duplo nesses conflitos, alternando entre o fornecimento de armas e tentativas de negociações de paz. Especialistas observam que o novo presidente, seja ele republicano ou democrata, terá uma influência direta sobre o rumo dessas crises.
No Oriente Médio, figuras políticas locais, como Osama Hamdan, do Hamas, afirmam que o apoio dos EUA a Israel se manterá, independentemente do vencedor. Em Israel, as opiniões divergem. Jacob Avital, residente em Tel Aviv, acredita que uma vitória democrata poderia aumentar a pressão americana sobre o país em fóruns internacionais.
A China, por sua vez, observa com cautela as promessas de Trump de intensificar a guerra comercial. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, evitou comentar a possibilidade de novas tarifas, destacando a postura reservada do país. Em editorial recente, o China Daily alertou que a "desconfiança" entre as duas potências dificulta uma cooperação a curto prazo.
A Europa também tem preocupações. Caso Trump vença, líderes como o chanceler alemão Olaf Scholz alertam para a necessidade de fortalecer o "pilar europeu" da OTAN, temendo que uma retirada do apoio americano possa enfraquecer a aliança, beneficiando adversários como a Rússia.
O alcance militar e econômico dos EUA é significativo, com bases espalhadas por ao menos 70 países e uma posição de destaque no comércio global. Segundo a jornalista Rachel Tausendfreund, uma redução do apoio americano à Ucrânia criaria uma lacuna difícil de preencher. O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy reconhece o risco, mas reforça a importância do suporte bipartidário no Congresso americano.
A eleição nos EUA representa mais do que uma decisão interna. A contagem dos votos é aguardada pelo mundo, consciente do impacto global de quem ocupará a Casa Branca.