Segundo maior grupo religioso dos Estados Unidos se opõe à fertilização in vitro
Resolução foi aprovada durante reunião anual da igreja e não é vinculativa. Para a Convenção Batista do Sul, procedimento é "desumanizante"
Segundo maior grupo religioso dos Estados Unidos, a Convenção Batista do Sul (SBC, na sigla em inglês) aprovou nesta quarta-feira (12) uma medida que se opõe à fertilização in vitro, classificando o procedimento como "desumanizante" e pedindo ao "governo que restrinja" a prática no país.
A resolução foi aprovada por 11 mil delegados da Convenção, conhecidos como mensageiros, na reunião anual deste ano no estado de Indianápolis. E, apesar de não ser vinculativa, convida os mais de 13 milhões de Batistas do Sul a “considerar as implicações éticas” das tecnologias reprodutivas e convoca os seguidores a apoiarem apenas tecnologias reprodutivas que afirmem o "valor incondicional e o direito à vida de todo ser humano, incluindo aqueles em estágio embrionário.
A proclamação também cita a "dor lancinante" da infertilidade para alguns e enfatiza as políticas de longa data da SBC sobre "a santidade da vida humana", observando que a fertilização in vitro "rotineiramente cria mais embriões do que podem ser implantados" e que o descarte desses embriões pode equivaler a assassinato.
Embora a fertilização em vitro seja condenada pela igreja católica há muito tempo, até então era pouco discutida por denominações protestantes. Contudo, a prática está sob crescente escrutínio desde a decisão Dobbs da Suprema Corte, que revogou o direito legal ao aborto no país há dois anos.
Uma decisão do Supremo Tribunal do Alabama em fevereiro deste ano provocou ainda mais debate sobre o assunto ao declarar que embriões congelados são legalmente considerados crianças e são protegidos pela Lei de Morte Injusta de Menores do estado.
* Com informações da Associated Press
