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Boulos defende ex-chefe da Rota em sua equipe e fala de propostas para SP; veja íntegra

Pré-candidato do PSOL à Prefeitura da capital paulista é o primeiro a participar de sabatina do SBT News, em parceria com a rádio Novabrasil

Boulos defende ex-chefe da Rota em sua equipe e fala de propostas para SP; veja íntegra
Guilherme Boulos foi o primeiro pré-candidato a participar de sabatina promovida por SBT News e Novabrasil | Reprodução
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Guilherme Boulos (PSOL), deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, apresentou suas propostas para a maior cidade do país em entrevista exclusiva exibida pelo SBT News, em parceria com a rádio Novabrasil, na manhã desta terça-feira (2). Ele falou sobre a situação da população de rua na capital paulista, da chegada de um ex-comandante da Rota em sua equipe e do apoio do presidente Lula (PT) na corrida eleitoral.

+ SBT News e Novabrasil fecham parceria para entrevistas com pré-candidatos à prefeitura de São Paulo

Segurança Pública

Boulos defendeu a chegada de Alexandre Gasparian, coronel da reserva da Polícia Militar e ex-comandante da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), em sua equipe. O militar está ajudando na elaboração de propostas para a área da segurança pública no plano de governo do psolista, tema frágil na esquerda brasileira.

Segundo ele, Gasparian – que chefiou a Rota por sete meses e prendeu pelo menos 16 policiais acusados de execuções sumárias – entrou na campanha "porque defende uma segurança que respeite os direitos humanos, justamente o contrário daquele que acha que a polícia tem que tratar diferente quem mora na periferia e nos Jardins".

A comparação é com outro ex-comandante da tropa de elite da PM paulista, coronel Mello, escolhido para ser vice de Ricardo Nunes (MDB). Em 2017, o militar defendeu, em entrevista ao UOL, que os policiais deveriam realizar abordagens diferentes ao atuar na periferia ou em bairros nobres.

O pré-candidato também falou sobre o papel da Guarda Civil Metropolitana na cidade de São Paulo. Para Boulos, os GCMs precisam estar em regiões de grande circulação, nas portas de escolas, fazendo policiamento preventivo, e, por isso, é preciso que o efetivo de guardas seja ampliado.

"A nossa meta em programa de governo é ousada: é dobrar o efetivo da Guarda Civil Metropolitana, com a finalidade de fazer policiamento de proximidade, que é o papel constitucional da Guarda, policiamento comunitário, preventivo, estar presente", disse.

População em situação de rua e déficit habitacional

O pré-candidato do PSOL, que por mais de 20 anos foi líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), afirmou que, para governar São Paulo, é preciso "sentir na alma a dor de uma pessoa que não tem casa, que está com fome, revirando o lixo pra comer".

Boulos declarou que, se eleito, vai desenvolver "um projeto inovador" para a população em situação de rua, com capacitação e postos de trabalho para essas pessoas. "O abrigo tem que ser algo rotativo, um lugar de passagem", destacou.

Questionado sobre o déficit habitacional na cidade mais populosa do Brasil, o pré-candidato defendeu que os imóveis abandonados da cidade sejam reformados e transformados em moradia para essas famílias, revitalizando o centro antigo.

"Tem 590 mil imóveis abandonados na cidade de São Paulo, isso é mais do que o déficit habitacional. Se você transformar esse abandono em solução, em oportunidade, dá pra avançar muito no problema de moradia", disse.

Saúde

Segundo Boulos, a fila de exames em São Paulo aumentou 52% na gestão Nunes, principalmente nas áreas de ortopedia, cardiologia, oncologia e saúde da mulher. Para ele, a Prefeitura não tem feito uma adesão adequada ao programa Mais Médicos, do governo federal.

Se eleito, o pré-candidato do PSOL afirmou que fará na cidade o Mais Médicos Especialidades. No programa, serão abertos editais para contratar médicos em caráter emergencial, para cubrir as especialidades em falta.

"A situação financeira de São Paulo, a capacidade de investimento que a cidade tem, é incrível como não tem resolvido. É falta de vontade política, é falta de projeto, de planejamento. Dá pra fazer UPA, hospital... essa é a primeira gestão, desde o Pitta, que não entregou um hospital na cidade. Não fez, não entregou, nenhum hospital municipal, ou seja, o descaso com a saúde foi tremendo", criticou Boulos.

Apoio de Lula

Questionado se a aliança com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o torna refém, Boulos disse ter orgulho do apoio que conquistou sem mudar suas posições políticas. "Eu tenho minhas posições próprias, tenho autonomia política, mas tenho orgulho de ter apoio do presidente Lula, inclusive estive com ele, como deputado federal tenho atuado junto com ele em Brasília, pra trazer investimentos para São Paulo", afirmou.

"Eu sou a mesma pessoa. Eu tenho os mesmos valores que eu tinha quando há vinte e poucos anos eu fui atuar no movimento para buscar moradia digna para as pessoas", destacou.

Veja íntegra da entrevista de Guilherme Boulos:

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