PL indica coronel Mello para vice na chapa de Ricardo Nunes à Prefeitura de SP
Militar já comandou a Rota e é nome preferido do ex-presidente Jair Bolsonaro; "foi muito bem aceito", diz Valdemar Costa Neto
Valdemar Costa Neto, presidente nacional do Partido Liberal (PL), indicou nesta segunda-feira (29) o nome do coronel Mello Araújo para ser vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que busca a reeleição para a Prefeitura de São Paulo. O militar, que já comandou a Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), é uma sugestão do PL e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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A indicação aconteceu durante uma reunião entre Valdemar e Nunes, na manhã desta segunda, na sede da prefeitura da capital. "O presidente Valdemar esteve lá comigo hoje de manhã, trouxe o nome do coronel Mello como uma sugestão do presidente Bolsonaro e do PL", disse o prefeito durante um evento com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Em nota para a imprensa, Valdemar afirmou que o nome "foi muito bem aceito" por Nunes. Ainda assim, o emedebista destacou que é cedo para uma definição. Isso porque os nomes devem ser apresentados aos demais partidos que vão compor junto com o MDB a chapa nas eleições municipais de 2024, como PSD, PP e Republicanos.
Segundo Valdemar e Nunes, outros quadros estão sendo avaliados como possíveis vices. "Levei o nome do Coronel Mello, foi muito bem aceito e também está credenciado juntamente com outros nomes como o Tomé [Abduch], a Delegada Raquel [Gallinati], a secretária de Estado Sonaira [Fernandes], entre outros que estamos estudando também. Nunes está me surpreendendo, todo mundo quer ser vice dele", disse o presidente do PL em nota.
Nunes destacou que irá ouvir a opinião de Jair Bolsonaro e do governador do estado, Tarcísio, para chegar a um nome. Ele lembrou que as convenções partidárias devem ocorrer apenas em julho e, portanto, ainda há tempo de avaliar com calma os possíveis vices antes de uma decisão.
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Quem é coronel Mello
Ricardo Nascimento de Mello Araújo é coronel da reserva da Polícia Militar e já foi comandante da Rota, a tropa de elite da PM paulista, de 2017 a 2019.
Em 2017, o militar defendeu, em entrevista ao UOL, que os policiais deveriam realizar abordagens diferentes ao atuar na periferia ou em bairros nobres. "Se eu coloco um [policial] da periferia para lidar, falar com a mesma forma, com a mesma linguagem que uma pessoa da periferia fala aqui no Jardins, ele pode estar sendo grosseiro com uma pessoa do Jardins que está ali, andando", declarou ao jornalista Luís Adorno.
Em 2020, foi indicado pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) para assumir o comando da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), o maior centro de abastecimento de alimentos da América Latina. Ele se tornou alvo de uma investigação do Ministério Público do Trabalho (MPT), dois anos depois, por denúncias de coerção e assédio contra funcionários sindicalistas. Trabalhadores relataram circulação frequente de policiais armados na Ceagesp e até ameaças de morte. Ele foi exonerado do cargo em 6 de janeiro de 2023, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
