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Cientistas encontram 'ar mais antigo' da Terra preservado em bolhas de gelo, com 6 milhões de anos

Gelo descoberto na Antártida pode revelar como era o clima do planeta em um período de temperaturas e oceanos muito mais elevados

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Antártida - Reprodução/Freepik
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Pesquisadores do Woods Hole Oceanographic Institution (WHOI) e da Universidade de Princeton identificaram o que acreditam ser o ar mais antigo já encontrado na Terra, preservado em minúsculas bolhas de gelo com aproximadamente 6 milhões de anos. As amostras foram coletadas nas Colinas Allan, no leste da Antártida.

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O estudo, publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), oferece novas pistas sobre o clima da Terra em eras remotas, quando as temperaturas globais eram muito mais altas e os oceanos atingiam níveis significativamente superiores aos atuais.

De acordo com a autora Sarah Shackleton, do WHOI, as amostras funcionam como “máquinas do tempo naturais”, permitindo observar como a atmosfera e a temperatura do planeta mudaram ao longo de milhões de anos.

Até agora, os registros mais antigos obtidos por perfurações contínuas tinham cerca de 800 mil anos, muito mais recentes do que o novo achado.

Para determinar a idade das amostras, os cientistas analisaram isótopos de argônio, gás nobre presente nas bolhas de ar, um método independente de rochas ou sedimentos.

Nos próximos anos, o grupo pretende medir os níveis de gases de efeito estufa e o calor dos oceanos de milhões de anos atrás, com o objetivo de compreender como a Terra respondeu a ciclos naturais de aquecimento. Novas expedições às Colinas Allan estão previstas entre 2026 e 2031 para a coleta de amostras ainda mais antigas.

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