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Câmara dos EUA aprova pacote de corte de impostos e gastos sociais de Trump

Projeto torna permanentes cortes de impostos de 2017 e amplia isenções fiscais prometidas pelo republicano na campanha; imigrantes também serão afetados

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A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira (3) o pacote de cortes de impostos proposto pelo presidente Donald Trump. O texto, batizado de "Big, beautiful bill" (grande e linda lei, numa tradução livre) foi aprovado por 218 votos a 214 e representa uma das principais vitórias legislativas do republicano neste novo mandato. A lei agora segue para sanção presidencial.

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A proposta amplia os cortes de impostos individuais e corporativos implementados em 2017, tornando permanente a redução, e cria novos incentivos fiscais, como isenções para gorjetas, horas extras, idosos e financiamentos de automóveis, promessas feitas por Trump durante a campanha de 2024.

Segundo o Escritório de Orçamento do Congresso (CBO), órgão apartidário, o pacote de 869 páginas deverá aumentar a dívida nacional em US$ 3,4 trilhões – praticamente 10% do total estimado em US$ 36,2 trilhões. A proposta também corta drasticamente recursos de programas sociais, como o Medicaid e subsídios à energia verde, além de reduzir a rede de segurança alimentar.

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Segundo o CBO, cerca de 12 milhões de pessoas podem perder o acesso ao Medicaid, devido a mudanças como exigência de trabalho, regras mais rígidas de elegibilidade e cortes no financiamento federal aos estados. Para suavizar o impacto, os republicanos destinaram US$ 50 bilhões a provedores de saúde rural.

Durante a votação, apenas dois dos 220 deputados republicanos votaram contra, enquanto todos os democratas se posicionaram contrários, acusando o projeto de ser um "presente aos bilionários" à custa das famílias de baixa renda.

"O foco desse projeto de lei, a justificativa para todos os cortes que prejudicarão os norte-americanos comuns, é oferecer enormes incentivos fiscais aos bilionários", criticou o líder democrata Hakeem Jeffries, em um discurso de 8 horas e 46 minutos, o mais longo da história da Câmara.

Já a deputada republicana Virginia Foxx (Carolina do Norte) celebrou a proposta: "Este projeto traz alívio fiscal histórico para as famílias trabalhadoras, fortalece a segurança nas fronteiras e combate desperdícios em programas públicos."

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A versão final do texto traz cortes mais profundos do que o aprovado inicialmente em maio, incluindo a exclusão de regulamentações estaduais sobre inteligência artificial e a retirada de um imposto retaliatório sobre investimentos estrangeiros, medida que vinha preocupando Wall Street.

Apesar das críticas sobre o impacto fiscal, o texto também evita que a maioria dos norte-americanos enfrente aumentos de impostos no fim deste ano, quando os cortes de 2017 expirariam.

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