Calvin Klein e Tommy Hilfiger entram na mira da China após taxação de Trump
A PVH Corp, proprietária das marcas, foi adicionada a uma lista de 'entidades não confiáveis' por Pequim
SBT News
O PVH Group, proprietária das marcas Calvin Klein e Tommy Hilfiger, foi incluída na lista de entidades não confiáveis pela China. A medida faz parte de várias ações retaliatórias anunciadas por Pequim nesta terça-feira (4) após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impor tarifas de 10% sobre produtos chineses.
A Illumina, empresa americana de sequenciamento genético, foi outro alvo do governo chinês. Segundo o Ministério do Comércio da China, PVH e Illumina adotaram ações prejudiciais contra empresas chinesas. Pequim já investigava a PVH desde setembro por "comportamento impróprio relacionado a Xinjiang", após a empresa supostamente ter boicotado o uso do algodão da região.
Com a inclusão na lista, as empresas ficam impedidas de realizar atividades de importação ou exportação relacionadas à China e de fazer novos investimentos no país.
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O Google também foi colocado no pacote retaliatório. A Administração Estatal para Regulação do Mercado da China anunciou que investigará a big-tech sob suspeita de violação das leis antitruste.
A empresa deixou o mercado chinês em 2010 e tem uma presença limitada na China, com seu motor de busca bloqueado no país. Ainda não está claro como a investigação afetará as operações da gigante de tecnologia.
No mais, o Ministério das Finanças da China também impôs novas tarifas sobre importações dos Estados Unidos. Segundo a pasta, os itens afetados serão o carvão e o Gás Natural Liquefeito (GNL), taxados a 15%, bem como o petróleo bruto, máquinas agrícolas e automóveis de grande porte, taxados a 10%. As novas tarifas começarão a valer a partir da próxima segunda-feira (10).