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Brasileira vítima de Epstein fala em público pela primeira vez sobre abuso sofrido aos 14 anos

Marina Lacerda, de 37 anos, conheceu Epstein aos 14 anos, enquanto trabalhava em três empregos para sustentar a mãe e a irmã

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A brasileira Marina Lacerda, de 37 anos, falou publicamente em frente ao Captólio - Reuters / Reprodução
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A brasileira Marina Lacerda, de 37 anos, falou publicamente, pela primeira vez, sobre os abusos que sofreu do bilionário americano Jeffrey Epstein, morto em 2019. Em um depoimento emocionante, Marina, que era menor de idade na época dos crimes, relatou como sua vida mudou após ser aliciada pelo bilionário.

+ Caso Epstein: Comissão da Câmara dos EUA divulga mais de 33 mil páginas sobre o bilionário

“Meu nome é Marina Lacerda. Fui a primeira vítima menor na acusação federal contra Jeffrey Epstein em Nova York, em 2019. Hoje é a primeira vez que falo publicamente sobre o que aconteceu comigo. Como imigrante do Brasil, sinto-me empoderada por saber que a garotinha que lutava para sobreviver aos 14 e 15 anos finalmente tem voz”, afirmou.

Segundo Marina, ela conheceu Epstein aos 14 anos, idade em que ocorreu o abuso. Uma amiga do bairro a convenceu de que poderia ganhar US$ 300 por uma massagem, o que parecia ser uma boa oportunidade, mas que, posteriormente, se transformou em um pesadelo.

“Eu tinha apenas 14 anos quando conheci Jeffrey. Era o verão do ensino médio, eu trabalhava em três empregos para tentar sustentar minha mãe e minha irmã, quando uma amiga da vizinhança me disse que eu poderia ganhar US$ 300 fazendo uma massagem em um cara mais velho. Foi do emprego dos sonhos ao pior pesadelo”, completou.

O discurso de Marina ocorreu durante uma reunião do movimento de mulheres abusadas por Epstein, nesta quarta-feira (3), em frente ao Capitólio, em Washington, nos Estados Unidos. A coletiva reuniu cerca de dez sobreviventes, que exigem que o Congresso americano aprove o Projeto de Lei de Transparência dos Arquivos Epstein, que prevê a divulgação de documentos não confidenciais relacionados ao caso, atualmente mantidos sob sigilo pelo governo e pelo FBI.

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O evento foi organizado pelos congressistas Thomas Massie (republicano, Kentucky) e Ro Khanna (democrata, Califórnia), que pressionam por uma votação do projeto de divulgação dos arquivos. No entanto, líderes republicanos tentam barrar o avanço da proposta, alegando que a medida não traria novas revelações significativas.

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A polêmica em torno dos arquivos de Epstein tem provocado desgastes políticos, inclusive para o ex-presidente Donald Trump, acusado de resistir à liberação completa dos documentos.

A deputada republicana Marjorie Taylor Greene, aliada de Trump, defendeu a transparência: “Estas são algumas das pessoas mais ricas e poderosas do mundo. (…) Sim, é assustador citar nomes, mas vou lhe dizer: não tenho medo de citar nomes”.

Comissão da Câmara divulga mais de 33 mil páginas sobre o caso

Nesta terça-feira (2), um comitê da Câmara dos Estados Unidos, controlado pelos republicanos, divulgou mais de 33 mil páginas de documentos relacionados ao caso de Jeffrey Epstein. Entre os materiais estão, pelo menos, oito vídeos de supostos interrogatórios policiais com vítimas, gravados entre 2005 e 2006.

Em julho deste ano, Trump afirmou ter instruído o Departamento de Justiça a divulgar todos os depoimentos do grande júri a respeito de Jeffrey Epstein. A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, e seu vice informaram ao presidente, em uma reunião, que o nome dele constava nos arquivos do caso.

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