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Astronautas "presos" no espaço na cápsula da Boeing podem voltar somente em fevereiro de 2025

De acordo com o portal Associated Press, autoridades estão incertas sobre a segurança da cápsula Starliner e a Nasa está dividida sobre o risco

Astronautas "presos" no espaço na cápsula da Boeing podem voltar somente em fevereiro de 2025
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A Nasa, agência espacial norte-americana, informou nesta quarta-feira (7) que os dois astronautas presos na Estação Espacial Internacional (ISS) ficarão por pelo menos mais oito meses, retornando em fevereiro de 2025.

De acordo com o portal Associated Press, autoridades da NASA estão incertas sobre a segurança da cápsula Starliner e a agência espacial está dividida sobre o risco.

+ Astronautas da NASA ficam presos no espaço após problema na aeronave da missão Boeing.

Diante do cenário, a organização estuda enviar uma missão na cápsula da SpaceX com dois lugares vagos, com o intuito de retornar com os astronautas. Caso ocorra a troca, eles retornariam apenas em fevereiro.

A NASA está trazendo especialistas adicionais para analisar as falhas de propulsão sofridas pela Starliner antes de ela atracar. Ao mesmo tempo, está olhando mais de perto para a SpaceX como uma alternativa.

Neste ponto, “poderíamos seguir qualquer um dos caminhos”, disse Ken Bowersox, chefe da missão de operações espaciais da NASA.

Butch Wilmore e Suni Williams foram lançados ao espaço no primeiro voo da cápsula CST-100 Starliner, da Boeing, no dia 5 de junho, e deveriam retornar no dia 12. A NASA adiou a volta três vezes, alegando que o atraso era para examinar problemas de vazamento de hélio.

“Estamos deixando os dados orientarem nossa tomada de decisão em relação ao gerenciamento dos pequenos vazamentos no sistema de hélio e ao desempenho dos propulsores que observamos durante o encontro e a atracação", disse Steve Stich, gerente do Programa de Tripulação Comercial da NASA.

Relembre o caso

A Boeing lançou no dia 5 de junho a cápsula CST-100 Starliner com astronautas da NASA para a Estação Espacial Internacional (ISS).

Assim como a SpaceX, de Elon Musk, a Boeing tem um acordo comercial com a agência espacial norte-americana, NASA, para transportar astronautas e insumos ao laboratório orbital.

Após o adiamento em maio, a missão foi reprogramada e a Starliner lançada no foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA), a partir do Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, na Flórida, Estados Unidos.

Selo da missão espacial StarLiner que vai lançar a espaçonave da Boeing com três tripulantes rumo à ISS  ReproduçãoNasa.jpg
Selo da missão espacial StarLiner que vai lançar a espaçonave da Boeing com três tripulantes rumo à ISS ReproduçãoNasa.jpg

Na espaçonave estavam a bordo:

Butch Wilmore é o comandante da missão da Nasa e da Boeing. Em 2 missões permaneceu 178 dias no espaço  ReproduçãoYouTubeNasa - Copia.jpg
Butch Wilmore é o comandante da missão da Nasa e da Boeing. Em 2 missões permaneceu 178 dias no espaço ReproduçãoYouTubeNasa - Copia.jpg
  • Barry 'Butch" Wilmore, ex-piloto do programa de ônibus espacial da Nasa e visitou a ISS por duas vezes.
Sunita Williams é a única mulher da missão, já esteve no espaço por 322 dias e é a piloto da missão  ReproduçãoYouTubeNasa - Copia.jpg
Sunita Williams é a única mulher da missão, já esteve no espaço por 322 dias e é a piloto da missão ReproduçãoYouTubeNasa - Copia.jpg
  • Sunita Williams foi a primeira pessoa a "correr uma maratona" no espaço. Em 2007, ela correu na esteira da ISS por mais de quatro horas.
  • Já Mike Fincke é astronauta da Nasa, esteve na Estação Espacial Internacional por três meses e será o piloto reserva da missão.

Esta foi a terceira tentativa de decolagem

Starliner da Boeing em preparação. Veículo espacial será usado para transporte rumo à ISS | X/BoeingSpace
Starliner da Boeing em preparação. Veículo espacial será usado para transporte rumo à ISS | X/BoeingSpace

A cápsula da Boeing teve sua primeira tentativa de lançamento em dezembro de 2019, durante uma missão de teste não-tripulada à ISS, que não conseguiu chegar ao seu destino final.

A empresa identificou 80 correções necessárias para lidar com as falhas e problemas de software.

Os ajustes demoraram devido a pandemia da Covid-19, o que atrasou o seu desenvolvimento.

A segunda tentativa, em julho de 2021, foi suspensa após um acidente com o módulo Nauka, da Rússia que atracou na ISS e inclinou o complexo orbital. Novas análises e correções foram feitas em agosto daquele ano.

Butch e Sunita em preparação horas antes do lançamento  ReproduçãoNasaYouTube - Copia.jpg
Butch e Sunita em preparação horas antes do lançamento ReproduçãoNasaYouTube - Copia.jpg

No final de 2021, os engenheiros fizeram ajuste nas válvulas que passava por um processo de corrosão e trocou o módulo de serviço.

A Boeing publicou em suas redes sociais um vídeo que mostra o caminho da espaçonave sendo preparada e acoplada no foguete Atlas V.

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